AS MORADAS - CASTELO INTERIOR

"Cada vez que voçês lerem este escrito, louvem muito a Nosso Senhor Jesus Cristo, em meu nome"
Santa Teresa de Jesus
“Na casa do meu Pai há muitas moradas” (João 14,2)
"Cada vez que voçês lerem este escrito, louvem muito a Nosso Senhor Jesus Cristo, em meu nome"
Santa Teresa de Jesus
 
“Na casa do meu Pai há muitas moradas” (João 14,2)
 
Edições Carmelo 2006
 

 

O PROCESSO: SETE ETAPAS DE VIDA ESPIRITUAL
O Castelo obedece a um projeto linear: são coincidentes a estrutura e o procedimento. A traços largos, correspondem-se os elementos estético-espaciais (fosso, porta, moradas, fundo, centro...) e os funcionais-vitais: penetração, luta, interiorização, união, transcendência. A Santa valorizou intencionalmente o conteúdo-mistério da vida cristã: alma, graça, Cristo, presença interior, pecado; mas, sem descuidar o aspecto prático. Tinha-se proposto a si mesma uma dupla finalidade: comunicar a sua experiência cristã para atingir o leitor, tornando-o faminto dela e marcando-lhe um lugar de encontro no cume final da união com Deus; e, em segundo lugar, empenhando-o num programa concreto: lutar, conhecer-se a fundo, não perder de vista a exigência do amor - amor aos outros - manter-se sensível ao risco, programar e esperar. São as duas vertentes do magistério teresiano: mistagógica a primeira, pedagógica a segunda. 
O processo descrito no Castelo segue duas linhas: interiorização (linha antropológica) e união, aproximação à pessoa divina (linha teologal cristológica). Desenvolve-as com elementos simples: um pondo de partida: presença de Deus no homem; um ponto de chegada: união com Deus, distintivo de santidade; e um caminho a percorrer: oração, como atitude de vida teologal, nervo da vida cristã. Não há oração sem coerência de vida concreta, e esta tem a sua tábua de valores no amor aos outros. Não está o jogo em pensar muito, mas em amar muito; amor, porém, é determinação, são obras mais do que sentimento e emoção. 
O processo de vida espiritual descrito no livro, divide-se materialmente em dois tempos que, no nosso vocabulário teológico, poderiam definir-se: ascético, o primeiro, místico, o segundo. A luta ascética, em que é protagonista o homem, abrange as Moradas I-II-III: a vida mística, protagonizada pelo Actor divino, predomina nas Moradas V-VI-VII. Entre os dois grupos, as IV Moradas são o laço de união; etapa em que se entrecruzam o "natural e o sobrenatural" que, no léxico da Santa, equivalem o "ascético e místico". (IV, 3,14)
Uma muito sumária descrição das sete Moradas do processo, poderia fazer-se à base do pormenor central de cada uma, ainda que com o grave risco de apresentar uma visão empobrecedora ou, talvez melhor, uma caricatura do panorama teresiano. 
- Primeiras Moradas "entrar no Castelo": converter-se, iniciar o contacto com Deus (oração), conhecer-se a si mesmo e recuperar a sensibilidade espiritual
- Segundas Moradas "lutar"; o pecado ainda ameaça; persistem os dinamismos desordenados; necessidade de confiar numa opção radical; progressiva sensibilidade na escuta da palavra de Deus (oração meditativa)
- Terceiras Moradas  a prova do amor. Lucro de um programa de vida espiritual e de oração; estabilidade no mesmo; princípios de zelo apostólico; surgem, porém, a aridez e a impossibilidade como situações de provação. "Prova-nos Tu, Senhor, que conheces as verdades".
- Quartas Moradas brota a fonte interior, passagem para a experiência mística, mas a sorvos, intermitentemente; momentos de lucidez infusa (recolhimento da mente), e de amor místico-passivo (quietude da vontade).
- Quintas Moradas morre o bicho da seda: a alma renasce em Cristo: "Levou-me o Rei à adega do vinho" (V, 1,12); "a nossa vida é Cristo" (V,2,4). Estado de união, já seja "mística", desde o mais fundo da essência, já seja "não regalada", por conformidade das vontades, manifestada especialmente no amor ao próximo (c.3).
- Sextas Moradas o crisol do amor. Período estático e tensão escatológica. Nova maneira de "sentir os pecados". Cristo presente "de uma maneira amirável em que, divino e humano, é sempre sua companhia (da alma)" (VI, 7,9). Desponsório místico. A alma fica assinalada. 
- Sétimas Moradas Matrimónio místico. Duas graças de ingresso na situação final: uma, cristológica; outra, Trinitária. "Aqui se lhe comunicam (à alma) as três Pessoas (divinas)... Nunca mais se afastam dela, antes vê, notoriamente... que estão no interior da sua alma, na parte mais interior, em uma coisa muito profunda, que não sabe dizer como é..." (VII 1, 6-7). Plena inserção na ação: "que nasçam sempre obras, obras" (VII 4,6). Como Elias, "fome... da honra de Deus"; "fome... de ajuntar almas", como São Domingos e São Francisco (VII 4,13). Plena configuração com Cristo Crucificado (VII 4, 4-5)
Cristo foi o alvo, o ponto de mira, ao longo de todo o processo, logo a partir das Primeiras Moradas: "Ponhamos os olhos em Cristo, nosso Bem, e ali aprenderemos a verdadeira humildade", até à última página das Sétimas: "Os olhos em Cristo Crucificado" (VII 4,8). 

O PROCESSO: SETE ETAPAS DE VIDA ESPIRITUAL

O Castelo obedece a um projeto linear: são coincidentes a estrutura e o procedimento. A traços largos, correspondem-se os elementos estético-espaciais (fosso, porta, moradas, fundo, centro...) e os funcionais-vitais: penetração, luta, interiorização, união, transcendência. A Santa valorizou intencionalmente o conteúdo-mistério da vida cristã: alma, graça, Cristo, presença interior, pecado; mas, sem descuidar o aspecto prático. Tinha-se proposto a si mesma uma dupla finalidade: comunicar a sua experiência cristã para atingir o leitor, tornando-o faminto dela e marcando-lhe um lugar de encontro no cume final da união com Deus; e, em segundo lugar, empenhando-o num programa concreto: lutar, conhecer-se a fundo, não perder de vista a exigência do amor - amor aos outros - manter-se sensível ao risco, programar e esperar. São as duas vertentes do magistério teresiano: mistagógica a primeira, pedagógica a segunda. 
 
O processo descrito no Castelo segue duas linhas: interiorização (linha antropológica) e união, aproximação à pessoa divina (linha teologal cristológica). Desenvolve-as com elementos simples: um pondo de partida: presença de Deus no homem; um ponto de chegada: união com Deus, distintivo de santidade; e um caminho a percorrer: oração, como atitude de vida teologal, nervo da vida cristã. Não há oração sem coerência de vida concreta, e esta tem a sua tábua de valores no amor aos outros. Não está o jogo em pensar muito, mas em amar muito; amor, porém, é determinação, são obras mais do que sentimento e emoção. 
 
O processo de vida espiritual descrito no livro, divide-se materialmente em dois tempos que, no nosso vocabulário teológico, poderiam definir-se: ascético, o primeiro, místico, o segundo. A luta ascética, em que é protagonista o homem, abrange as Moradas I-II-III: a vida mística, protagonizada pelo Actor divino, predomina nas Moradas V-VI-VII. Entre os dois grupos, as IV Moradas são o laço de união; etapa em que se entrecruzam o "natural e o sobrenatural" que, no léxico da Santa, equivalem o "ascético e místico". (IV, 3,14)
 
Uma muito sumária descrição das sete Moradas do processo, poderia fazer-se à base do pormenor central de cada uma, ainda que com o grave risco de apresentar uma visão empobrecedora ou, talvez melhor, uma caricatura do panorama teresiano. 
 
- Primeiras Moradas "entrar no Castelo": converter-se, iniciar o contacto com Deus (oração), conhecer-se a si mesmo e recuperar a sensibilidade espiritual
 
- Segundas Moradas "lutar"; o pecado ainda ameaça; persistem os dinamismos desordenados; necessidade de confiar numa opção radical; progressiva sensibilidade na escuta da palavra de Deus (oração meditativa)
 
- Terceiras Moradas  a prova do amor. Lucro de um programa de vida espiritual e de oração; estabilidade no mesmo; princípios de zelo apostólico; surgem, porém, a aridez e a impossibilidade como situações de provação. "Prova-nos Tu, Senhor, que conheces as verdades".
 
- Quartas Moradas brota a fonte interior, passagem para a experiência mística, mas a sorvos, intermitentemente; momentos de lucidez infusa (recolhimento da mente), e de amor místico-passivo (quietude da vontade).
 
- Quintas Moradas morre o bicho da seda: a alma renasce em Cristo: "Levou-me o Rei à adega do vinho" (V, 1,12); "a nossa vida é Cristo" (V,2,4). Estado de união, já seja "mística", desde o mais fundo da essência, já seja "não regalada", por conformidade das vontades, manifestada especialmente no amor ao próximo (c.3).
 
- Sextas Moradas o crisol do amor. Período estático e tensão escatológica. Nova maneira de "sentir os pecados". Cristo presente "de uma maneira amirável em que, divino e humano, é sempre sua companhia (da alma)" (VI, 7,9). Desponsório místico. A alma fica assinalada. 
 
- Sétimas Moradas Matrimónio místico. Duas graças de ingresso na situação final: uma, cristológica; outra, Trinitária. "Aqui se lhe comunicam (à alma) as três Pessoas (divinas)... Nunca mais se afastam dela, antes vê, notoriamente... que estão no interior da sua alma, na parte mais interior, em uma coisa muito profunda, que não sabe dizer como é..." (VII 1, 6-7). Plena inserção na ação: "que nasçam sempre obras, obras" (VII 4,6). Como Elias, "fome... da honra de Deus"; "fome... de ajuntar almas", como São Domingos e São Francisco (VII 4,13). Plena configuração com Cristo Crucificado (VII 4, 4-5)
 
Cristo foi o alvo, o ponto de mira, ao longo de todo o processo, logo a partir das Primeiras Moradas: "Ponhamos os olhos em Cristo, nosso Bem, e ali aprenderemos a verdadeira humildade", até à última página das Sétimas: "Os olhos em Cristo Crucificado" (VII 4,8). 
 

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JHS

1. Poucas coisas, das que me tem mandado a obediência, se tornaram tão dificultosas para mim como escrever agora coisas de oração; primeiro, porque me parece que o Senhor não me dá nem espírito nem desejo para o fazer; depois, por ter a cabeça, há três meses, com um zumbido e fraqueza tão grande,...

PRIMEIRA MORADA - CAPÍTULO 1

Trata da formosura e dignidade das nossas almas. - Pôe uma comparação para se entender o que diz o lucro que há em entedê-la e saber as mercês que recebemos de Deus, e como a porta deste castelo é a oração. 1. Estando eu hoje suplicando a Nosso Senhor que falasse por mim, porque eu não atinava...

PRIMEIRA MORADA - CAPÍTULO 2

Trata de quão feia coisa é a alma que está em pecado mortal, e como quis Deus dar a entender algo disto a uma pessoa. - Trata também alguma coisa sobre o próprio conhecimento. - Diz como se hão-de entender essas moradas.  1. Antes de passar adiante, quero dizer-vos que considereis o que...

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SEGUNDA MORADA - CAPÍTULO ÚNICO

Trata do muito que importa a perseverança para chegar às últimas moradas, e a grande guerra que dá o demónio, e quanto convém não errar o caminho no princípio para acertar. Dá um meio que experimentou ser muito eficaz. 1. Agora, vejamos quais serão as almas que entram nas segundas moradas e o...

)))

TERCEIRA MORADA - CAPÍTULO 1

Trata da pouca segurança que podemos ter enquanto se vive neste desterro, ainda que o estado seja elevado. E como convém andar com temor. Contém alguns temas muito bons. 1. Aqueles que, pela misericórdia de Deus, venceram estes combates e com perseverança entraram nas terceiras moradas, que...

TERCEIRA MORADA - CAPÍTULO 2

Prossegue no mesmo e trata das securas na oração e do que poderia suceder, a seu parecer, e como é mister provar-nos e que o Senhor prova aos que estão nestas moradas. 1. Eu tenho conhecido algumas almas, e creio que posso dizer bastantes, das que chegaram a este estado e vivido muitos anos...

))))

QUARTA MORADA - CAPÍTULO 1

Trata da diferença que há entre ternuras na oração e gostos, e diz o contento que lhe deu entender que é coisa diferente o pensamento e o entendimento. É de grande proveito para quem se recreia muito na oração.  1. Para começar a falar das quartas moradas, bem necessário é o que fiz, que...

QUARTA MORADA - CAPÍTULO 2

Prossegue no mesmo e declara por uma comparação o que são gostos e como se hão-de alcançar não os procurando. 1. Valha-me Deus! Onde me meti! Já tinha esquecido o que tratava, porque os negócios e a saúde me fazem deixá-lo na melhor altura. E, como tenho pouca memória, irá tudo desconcertado...

QUARTA MORADA - CAPÍTULO 3

Trata do que é oração de recolhimento. Na maior parte das vezes, a dá o Senhor antes da oração acima dita. Diz seus efeitos e os que ficam da oração anterior em que tratou dos gostos que dá o Senhor.  1. São muitos os efeitos desta oração; apenas direi alguns. Mas direi primeiro outra...

)))))

QUINTA MORADA - CAPÍTULO 1

Começa a tratar como na oração se une a alma com Deus. Diz em que se conhecerá não ser engano.  1. Ó irmãs! como vos poderei eu dizer a riqueza e tesouros e deleites que há nas quintas moradas? Creio será melhor não dizer nada das que faltam, pois não se háde saber dizer, nem o...

QUINTA MORADA - CAPÍTULO 2

Prossegue no mesmo. Declara a oração de união por uma comparação delicada. Diz os efeitos com que fica a alma. É muito para ter em conta. 1. Parecer-vos-á que já está dito tudo o que há a ver nesta morada, mas falta muito, porque - como disse - há mais e menos. Quanto ao que é união, não creio...

QUINTA MORADA - CAPÍTULO 3

Continua a mesma matéria. Fala de outra maneira de união que pode alcançar a alma com o favor de Deus e quanto importa para isto o amor do próximo. É muito proveitoso.  1. Pois voltemos à nossa pombinha e vejamos alguma coisa do que Deus dá neste estado. Sempre se entende que há-de...

QUINTA MORADA - CAPÍTULO 4

Prossegue o mesmo, declarando mais esta maneira de oração. Diz o muito que importa andar de sobreaviso, pois o demónio anda bem avisado para fazer voltar atrás no caminho começado.  1. Parece-me que estais com o desejo de ver o que faz esta pombinha e onde poisa, pois fica entendido que...

))))))

SEXTA MORADA - CAPÍTULO 1

Trata de como, em começando o Senhor afazer maiores mercês, há maiores trabalhos. Diz alguns e como se comportam neles os que estão nesta morada. É bom para quem tem trabalhos interiores.  1. Venhamos, pois, com o favor do Espírito Santo, a falar das sextas moradas, onde a alma já fica...

SEXTA MORADA - CAPÍTULO 2

Trata de algumas maneiras com que Nosso Senhor desperta a alma, nas quais parece não há que temer, embora seja coisa muito subida, e sejam grandes mercês.  1. Parece que temos deixado muito a pombazita, mas não; porque estes trabalhos são os que a fazem levantar ainda mais alto voo....

SEXTA MORADA - CAPÍTULO 3

Trata da mesma matéria e diz a maneira como Deus fala à alma, quando é servido, e avisa como se hão-de haver nisto, e não seguir o seu próprio parecer. Dá alguns sinais para se conhecer quando não é engano, e quando o é. É muito proveitoso.  1. Outra maneira tem Deus de despertar a alma;...

SEXTA MORADA - CAPÍTULO 4

Trata de quando Deus suspende a alma na oração com arroubamento, ou êxtase, ou rapto, que tudo é uma mesma coisa, a meu parecer e como é mister grande. ânimo para receber grandes mercês de Sua Majestade.  1. Com estas ditas coisas de trabalhos e as demais, que sossego pode trazer a pobre...

SEXTA MORADA - CAPÍTULO 5

Prossegue no mesmo assunto, e declara uma maneira como Deus levanta a alma com um voo de espírito, de modo diferente ao que fica dito. Diz algumas das razões porque é mister ânimo. Declara alguma coisa desta mercê que o Senhor faz por saborosa maneira. É muito proveitoso  1. Há outra...

SEXTA MORADA - CAPÍTULO 6

Diz um efeito da oração que fica dita no capítulo passado, com o qual se entendera que é verdadeira e não engano. Trata de outra mercê que o Senhor faz à alma para a empregar em seus louvores.  1. Destas mercês tão grandes fica a alma tão desejosa de gozar de todo de Quem lhas faz, que...

SEXTA MORADA - CAPÍTULO 7

Trata de como é a pena que sentem de seus pecados as almas a quem Deus faz as ditas mercês. Diz quão grande erro é não se exercitar, por espiritual que se seja, em trazer presente a humanidade de Nosso Senhor e Salvador Jesus Cristo, e sua sacratíssima paixão e vida, e a Sua gloriosa Mãe e os...

SEXTA MORADA - CAPÍTULO 8

Trata de como se comunica Deus a alma por visão intelectual e dá alguns avisos. Diz os efeitos que faz quando é verdadeira. Recomenda o segredo destas mercês.  1. Para que vejais mais claramente, irmãs, que é assim o que vos disse, e que quanto mais adiante vai uma alma mais acompanhada é...

SEXTA MORADA - CAPÍTULO 9

Trata de como o Senhor se comunica à alma por visão imaginária, e avisa muito que se guardem de desejar ir por este caminho. Dá para isso razões. É muito proveitoso. 1. Venhamos agora às visões imaginárias, que dizem ser aquelas em que o demónio se pode meter mais do que nas já ditas, e assim...

SEXTA MORADA - CAPÍTULO 10 e 11

Diz outras mercês que Deus faz à alma por modo diferente das que ficam agora ditas, e do grande proveito que delas fica.  1. De muitas maneiras se comunica o Senhor à alma com estas aparições; algumas, quando está aflita; outras, quando lhe há-de vir algum trabalho grande; outras, para Sua...

)))))))

SÉTIMA MORADA - CAPÍTULO 1

Trata das grandes mercês que Deus faz às almas que chegaram a entrar nas sétimas moradas. Diz como, a seu parecer, há alguma diferença entre alma e espirito, ainda que tudo seja um. Há coisas dignas de ter em conta.  1. Parecer-vos-á, irmãs, que já está dito tanto deste caminho espiritual,...

SÉTIMA MORADA - CAPÍTULO 2

Prossegue no mesmo. Diz a diferença que há entre união espiritual e matrimónio espiritual. Declara-o com delicadas comparações.  1. Pois, venhamos agora a tratar do divino e espiritual matrimónio, ainda que esta grande mercê não se deve realizar com perfeição enquanto vivermos, pois, se...

SÉTIMA MORADA - CAPÍTULO 3

Trata dos grandes efeitos que causa esta dita oração. É preciso prestar atenção, e lembrar-se dos efeitos que faz, porque é coisa admirável a diferença que há entre estes e. os anteriores.  1. Agora, pois, dizemos que esta pequena borboleta já morreu, com grandíssima alegria de ter...

SÉTIMA MORADA - CAPÍTULO 4

Com o qual acaba, dando a entender o que lhe parece que pretende Nosso Senhor em fazer tão grandes mercês à alma, e como é necessário que andem juntas Marta e Maria. É muito proveitoso.  1. Não haveis de entender, irmãs, que estes efeitos que tenho dito, estão sempre em um mesmo ser nestas...