Minha tia, cansada de ter que mandar continuamente buscar
os seus filhinhos, para satisfazer o desejo de pessoas que pediam
para Ihes falar, mandou pastorear o seu rebanho o seu filhinho
João. (16) À Jacinta custou muito esta ordem, por dois motivos: por
ter que falar a toda a gente que a procurava e, como ela dizia, por
não poder andar todo o dia junto de mim. Teve, no entanto, que
resignar-se. E para se ocultar das pessoas que a buscavam, ia
esconder-se, com seu irmãozinho, na caverna dum rochedo (17)
que fica na encosta dum monte que está em frente do nosso lugar
e que tem no cimo um moinho de vento. O rochedo fica na encosta
do lado do nascente; e é tão bem feita a loca, que os resguardava
perfeitamente da chuva e dos ardores do sol. Além disso, fica encoberta por numerosas oliveiras e carvalhos. Quantas orações e
sacrifícios ela aí ofereceu ao nosso bom Deus!
Na encosta desse monte havia muitas e variadas flores. Entre
elas, havia inúmeros lírios, de que ela gostava muito. E sempre
que à noite me ia esperar ao caminho, me trazia um lírio ou, na
falta deste, uma outra flor qualquer. E era para ela uma festa chegar junto de mim, desfolhá-la e atirar-me com as pétalas.
Minha mãe contentou-se, por então, a marcar-me as pastagens, para saber onde andava, quando fosse preciso mandar-me
chamar. Quando estas eram perto, avisava os meus companheiros que logo lá iam ter. A Jacinta corria até chegar perto de mim.
Depois, cansada, sentava-se e chamava por mim; e não se calava
enquanto não Ihe respondia e corria ao seu encontro.
Minha tia, cansada de ter que mandar continuamente buscar
os seus filhinhos, para satisfazer o desejo de pessoas que pediam
para Ihes falar, mandou pastorear o seu rebanho o seu filhinho
João. (16) À Jacinta custou muito esta ordem, por dois motivos: por
ter que falar a toda a gente que a procurava e, como ela dizia, por
não poder andar todo o dia junto de mim. Teve, no entanto, que
resignar-se. E para se ocultar das pessoas que a buscavam, ia
esconder-se, com seu irmãozinho, na caverna dum rochedo (17)
que fica na encosta dum monte que está em frente do nosso lugar
e que tem no cimo um moinho de vento. O rochedo fica na encosta
do lado do nascente; e é tão bem feita a loca, que os resguardava
perfeitamente da chuva e dos ardores do sol. Além disso, fica encoberta por numerosas oliveiras e carvalhos. Quantas orações e
sacrifícios ela aí ofereceu ao nosso bom Deus!
Na encosta desse monte havia muitas e variadas flores. Entre
elas, havia inúmeros lírios, de que ela gostava muito. E sempre
que à noite me ia esperar ao caminho, me trazia um lírio ou, na
falta deste, uma outra flor qualquer. E era para ela uma festa chegar junto de mim, desfolhá-la e atirar-me com as pétalas.
Minha mãe contentou-se, por então, a marcar-me as pastagens, para saber onde andava, quando fosse preciso mandar-me
chamar. Quando estas eram perto, avisava os meus companheiros que logo lá iam ter. A Jacinta corria até chegar perto de mim.
Depois, cansada, sentava-se e chamava por mim; e não se calava
enquanto não Ihe respondia e corria ao seu encontro.
(16) João Marto, irmão da Jacinta († 28-IV-2000)
(17) A gruta rochosa chama-se «Loca do Cabeço» e a colina onde se encontra