Quando, passado algum tempo, estivemos presos, a Jacinta,
o que mais Ihe custava era o abandono dos pais; e dizia, com as
lágrimas a correrem-lhe pelas faces:
– Nem os teus pais nem os meus nos vieram ver. Não se importaram mais de nós!
– Não chores – Ihe disse o Francisco. – Oferecemos a Jesus,
pelos pecadores.
E levantando os olhos e mãozinhas ao Céu, fez ele o oferecimento:
(14) O pai chamava-se António dos Santos (†1919). O tio, Manuel Pedro Marto
(†1957), pai de Francisco e Jacinta.
(15) O Administrador era Artur de Oliveira Santos (†1955)
– Ó meu Jesus, é por Vosso amor e pela conversão dos pecadores.
A Jacinta acrescentou:
– É também pelo Santo Padre e em reparação dos pecados
cometidos contra o Imaculado Coração de Maria.
Quando, depois de nos terem separado, voltaram a juntar-nos
em uma sala da cadeia, dizendo que dentro em pouco nos vinham
buscar para nos fritar, a Jacinta afastou-se para junto duma janela
que dava para a feira do gado. Julguei, a princípio, que se estaria a
distrair com as vistas; mas não tardei a reconhecer que chorava.
Fui buscá-la para junto de mim e perguntei-Ihe por que chorava:
– Porque – respondeu – vamos morrer sem tornar a ver nem
os nossos pais, nem as nossas mães!
E com as lágrimas as correr-lhe pelas faces:
– Eu queria sequer, ver a minha mãe!
– Então tu não queres oferecer este sacrifício pela conversão
dos pecadores?
– Quero, quero.
E com as lágrimas a banhar-lhe as faces, as mãos e os olhos
levantados ao Céu, faz o oferecimento:
– Ó meu Jesus, é por Vosso amor, pela conversão dos pecadores, pelo Santo Padre e em reparação dos pecados cometidos
contra o Imaculado Coração de Maria.
Os presos que presenciaram esta cena quiseram consolar-
-nos:
– Mas vocês – diziam eles – digam ao Senhor Administrador
lá esse segredo. Que Ihes importa que essa Senhora não queira?
– Isso não! – respondeu a Jacinta com vivacidade. – Antes
quero morrer.
Quando, passado algum tempo, estivemos presos, a Jacinta,
o que mais Ihe custava era o abandono dos pais; e dizia, com as
lágrimas a correrem-lhe pelas faces:
– Nem os teus pais nem os meus nos vieram ver. Não se importaram mais de nós!
– Não chores – Ihe disse o Francisco. – Oferecemos a Jesus,
pelos pecadores.
E levantando os olhos e mãozinhas ao Céu, fez ele o oferecimento:
– Ó meu Jesus, é por Vosso amor e pela conversão dos pecadores.
A Jacinta acrescentou:
– É também pelo Santo Padre e em reparação dos pecados
cometidos contra o Imaculado Coração de Maria.
Quando, depois de nos terem separado, voltaram a juntar-nos
em uma sala da cadeia, dizendo que dentro em pouco nos vinham
buscar para nos fritar, a Jacinta afastou-se para junto duma janela
que dava para a feira do gado. Julguei, a princípio, que se estaria a
distrair com as vistas; mas não tardei a reconhecer que chorava.
Fui buscá-la para junto de mim e perguntei-Ihe por que chorava:
– Porque – respondeu – vamos morrer sem tornar a ver nem
os nossos pais, nem as nossas mães!
E com as lágrimas as correr-lhe pelas faces:
– Eu queria sequer, ver a minha mãe!
– Então tu não queres oferecer este sacrifício pela conversão
dos pecadores?
– Quero, quero.
E com as lágrimas a banhar-lhe as faces, as mãos e os olhos
levantados ao Céu, faz o oferecimento:
– Ó meu Jesus, é por Vosso amor, pela conversão dos pecadores, pelo Santo Padre e em reparação dos pecados cometidos
contra o Imaculado Coração de Maria.
Os presos que presenciaram esta cena quiseram consolar-
-nos:
– Mas vocês – diziam eles – digam ao Senhor Administrador
lá esse segredo. Que Ihes importa que essa Senhora não queira?
– Isso não! – respondeu a Jacinta com vivacidade. – Antes
quero morrer.
(14) O pai chamava-se António dos Santos (†1919). O tio, Manuel Pedro Marto
(†1957), pai de Francisco e Jacinta.
(15) O Administrador era Artur de Oliveira Santos (†1955)