155 NÃO EXISTE O MAL INFINITO?

155 NÃO EXISTE O MAL INFINITO?
Não, o mal assenta sempre num ente, trata-se sempre da degradação de um ser concreto. O mal não existe em si mesmo como ente. Não existe a essência do mal como ser. Não existe o mal em estado puro. O mal existe sempre numa medida, a medida da deformação, e, portanto, é sempre limitado. Por isso é impossível que exista um Deus do Mal. O conceito de Ser Infinito pode existir, não tem contradição em si mesmo. Mas o conceito de mal, dado que é uma carência, não pode existir de um modo infinito.
Reflectindo sobre esta questão ao escrever estas páginas perguntei-me algo que nunca se me tinha colocado: do mesmo modo que existe um Ser Infinito, não poderia existir um Ser Infinito mas que se tivesse deformado infinitamente? Só um Ser Infinito admitiria uma deformação infinita, uma infinita degradação de todo o seu ser ilimitado. Isso é assim. 
O problema é que para se degradar, esse Ser Infinito deveria desejar algo desordenado. E o Ser Infinito, ao ter toda a plenitude do Ser, nada pode desejar fora de si. Logo, para Deus é impossível a tentação. Deus não pode pecar, porque nada pode atraí-lo para o mal. Deus não pode desejar nada fora de si. Assim, a possibilidade de uma carência infinita num ser infinito é metafísicamente impossível. 
Não, o mal assenta sempre num ente, trata-se sempre da degradação de um ser concreto. O mal não existe em si mesmo como ente. Não existe a essência do mal como ser. Não existe o mal em estado puro. O mal existe sempre numa medida, a medida da deformação, e, portanto, é sempre limitado. Por isso é impossível que exista um Deus do Mal. O conceito de Ser Infinito pode existir, não tem contradição em si mesmo. Mas o conceito de mal, dado que é uma carência, não pode existir de um modo infinito.
 
Reflectindo sobre esta questão ao escrever estas páginas perguntei-me algo que nunca se me tinha colocado: do mesmo modo que existe um Ser Infinito, não poderia existir um Ser Infinito mas que se tivesse deformado infinitamente? Só um Ser Infinito admitiria uma deformação infinita, uma infinita degradação de todo o seu ser ilimitado. Isso é assim. 
 
O problema é que para se degradar, esse Ser Infinito deveria desejar algo desordenado. E o Ser Infinito, ao ter toda a plenitude do Ser, nada pode desejar fora de si. Logo, para Deus é impossível a tentação. Deus não pode pecar, porque nada pode atraí-lo para o mal. Deus não pode desejar nada fora de si. Assim, a possibilidade de uma carência infinita num ser infinito é metafísicamente impossível.