.png)
Se Deus não tenta, porque é que permite a tentação? Temos a resposta no versículo que diz:
«Meus irmãos, ficai em grande alegria por terdes de passar por todo o tipo de provações, pois bem sabeis que aprendeis a perseverar quando a vossa fé é posta à prova.» Tg 1,2-3
Se não existisse a tentação não poderia dar-se essa perseverança da virtude que resiste uma e outra vez contra toda a sedução tentadora. Dito de outro modo, há determinados tipos de virtude que jamais poderiam existir sem haver resistido antes à tentação. Mais, quanto mais dura for a prova, maior será a luz da virtude ao sobrepor-se à tentação.
Isto leva-nos a pensar seguinte: Deus poderia ter contido os demónios de maneira que nunca tivessem podido interferir na história dos homens.
Mas Deus sabia que os demónios, embora por um lado fossem causa de males, também seriam ocasião de maiores bens, pois fariam com que a virtude fosse mais valiosa. De certo modo, poderíamos dizer que aceitou a possibilidade de haver mais obscuridade neste mundo se com isso se conseguia que a luz fosse mais pura e luminosa.
Caso contrário, teria bastado uma simples ordem de Deus para que nem um só demónio tivesse podido entrar em contacto com um ser humano. Logo, se permitiu esse contacto, é porque sabia que disso viriam bens.