4. GRAÇAS ALCANÇADAS PELA JACINTA

4. GRAÇAS ALCANÇADAS PELA JACINTA
Havia no nosso lugar uma mulher que nos insultava sempre
que nos encontrava. Encontrámo-la, um dia, quando saía duma
taberna, e a pobre, como não estava em si, não se contentou, dessa vez, só com insultar-nos. Quando terminou o seu trabalho, a
Jacinta diz-me:
– Temos que pedir a Nossa Senhora e oferecer-Lhe sacrifícios
pela conversão desta mulher. Diz tantos pecados que, se não se
confessa, vai para o inferno.
Passados alguns dias, corríamos em frente da porta da casa
desta mulher. De repente, a Jacinta pára no meio da sua carreira e
voltando-se para trás pergunta:
– Olha, é amanhã que vamos ver aquela Senhora?
– É sim.
– Então não brinquemos mais. Fazemos este sacrifício pela
conversão dos pecadores.
E sem pensar que alguém a podia ver, levanta as mãozinhas
e os olhos ao Céu e faz o oferecimento. A mulherzinha espreitava
por um postigo da casa e depois, dizia ela a minha mãe, que a
tinha impressionado tanto aquela acção da Jacinta, que não necessitava doutra prova para crer na realidade dos factos. E daí
para o futuro, não só nos não insultava, mas pedia-nos continuamente para pedirmos por ela a Nossa Senhora, que Ihe perdoasse
os seus pecados.
Encontrou-nos um dia uma pobre mulher e, chorando, ajoelhou-se diante da Jacinta a pedir-lhe que Ihe obtivesse de Nossa
Senhora a cura duma terrível doença. A Jacinta, ao ver de joelhos, diante de si, uma mulher, afligiu-se e pegou-lhe nas mãos
trémulas para a levantar. Mas vendo que não era capaz, ajoelhou
também e rezou com a mulher três Ave-Marias; depois, pediu-lhe
que se levantasse, que Nossa Senhora havia de curá-la. E não deixou mais de rezar todos os dias por ela, até que, passado algum
tempo, tornou a aparecer para agradecer a Nossa Senhora a sua
cura.
Outra vez, era um soldado que chorava como uma criança.
Tinha recebido ordem de partir para a guerra e deixava a sua mulher
em cama, doente, e três filhinhos. Ele pedia ou a cura da mulher ou
a revogação da ordem. A Jacinta convidou-o a rezar com ela o
Terço. Depois disse-lhe:
– Não chore. Nossa Senhora é tão boa! Com certeza faz-Ihe a
graça que Ihe pede.
E não esqueceu mais o seu soldado. No fim do Terço rezava
sempre uma Ave-Maria pelo soldado. Passados alguns meses,
apareceu com sua esposa e seus três filhinhos para agradecer a
Nossa Senhora as duas graças recebidas. Por causa duma febre
que Ihe tinha dado na véspera de partir, tinha sido livre do serviço
militar e sua esposa, dizia ele, tinha sido curada por milagre de
Nossa Senhora.
Havia no nosso lugar uma mulher que nos insultava sempre
que nos encontrava. Encontrámo-la, um dia, quando saía duma
taberna, e a pobre, como não estava em si, não se contentou, dessa vez, só com insultar-nos. Quando terminou o seu trabalho, a
Jacinta diz-me:
– Temos que pedir a Nossa Senhora e oferecer-Lhe sacrifícios
pela conversão desta mulher. Diz tantos pecados que, se não se
confessa, vai para o inferno.
Passados alguns dias, corríamos em frente da porta da casa
desta mulher. De repente, a Jacinta pára no meio da sua carreira e
voltando-se para trás pergunta:
– Olha, é amanhã que vamos ver aquela Senhora?
– É sim.
– Então não brinquemos mais. Fazemos este sacrifício pela
conversão dos pecadores.
E sem pensar que alguém a podia ver, levanta as mãozinhas
e os olhos ao Céu e faz o oferecimento. A mulherzinha espreitava
por um postigo da casa e depois, dizia ela a minha mãe, que a
tinha impressionado tanto aquela acção da Jacinta, que não necessitava doutra prova para crer na realidade dos factos. E daí
para o futuro, não só nos não insultava, mas pedia-nos continuamente para pedirmos por ela a Nossa Senhora, que Ihe perdoasse
os seus pecados.
Encontrou-nos um dia uma pobre mulher e, chorando, ajoelhou-se diante da Jacinta a pedir-lhe que Ihe obtivesse de Nossa
Senhora a cura duma terrível doença. A Jacinta, ao ver de joelhos, diante de si, uma mulher, afligiu-se e pegou-lhe nas mãos
trémulas para a levantar. Mas vendo que não era capaz, ajoelhou
também e rezou com a mulher três Ave-Marias; depois, pediu-lhe
que se levantasse, que Nossa Senhora havia de curá-la. E não deixou mais de rezar todos os dias por ela, até que, passado algum
tempo, tornou a aparecer para agradecer a Nossa Senhora a sua
cura.
Outra vez, era um soldado que chorava como uma criança.
Tinha recebido ordem de partir para a guerra e deixava a sua mulher
em cama, doente, e três filhinhos. Ele pedia ou a cura da mulher ou
a revogação da ordem. A Jacinta convidou-o a rezar com ela o
Terço. Depois disse-lhe:
– Não chore. Nossa Senhora é tão boa! Com certeza faz-Ihe a
graça que Ihe pede.
E não esqueceu mais o seu soldado. No fim do Terço rezava
sempre uma Ave-Maria pelo soldado. Passados alguns meses,
apareceu com sua esposa e seus três filhinhos para agradecer a
Nossa Senhora as duas graças recebidas. Por causa duma febre
que Ihe tinha dado na véspera de partir, tinha sido livre do serviço
militar e sua esposa, dizia ele, tinha sido curada por milagre de
Nossa Senhora.