5. NOVOS SACRIFÍCIOS

5. NOVOS SACRIFÍCIOS
Disseram um dia que vinha a interrogar-nos um Sacerdote que
era santo e que adivinhava o que se passava no íntimo de cada
um e que, por isso, ia a descobrir se sim ou não dizíamos a verdade. A Jacinta dizia, então, cheia de alegria:
– Quando virá esse Senhor Padre que adivinha? Se adivinha,
há-de saber muito bem que falamos verdade.
Brincávamos, um dia, sobre o poço já mencionado. A mãe da
Jacinta tinha ali uma vinha pegada. Cortou alguns cachos e veio
trazer-no-los, para que os comêssemos. Mas a Jacinta não esquecia nunca os seus pecadores.
– Não os comemos – dizia ela – e oferecemos este sacrifício
pelos pecadores.
Depois, correu a levar as uvas às outras crianças que brincavam na rua. À volta, vinha radiante de alegria; tinha encontrado
os nossos antigos pobrezinhos e tinha-lhas dado a eles.
Outra vez, minha tia foi chamar-nos para comermos uns figos
que tinha trazido para casa e que na realidade abriam o apetite a
qualquer. A Jacinta sentou-se connosco, satisfeita, ao lado da cesta e pega no primeiro para começar a comer; mas, de repente,
lembra-se e diz:
– É verdade! Ainda hoje não fizemos nenhum sacrifício pelos
pecadores! Temos que fazer este.
Põe o figo na cesta, faz o oferecimento e lá deixámos os figos,
para converter os pecadores. A Jacinta repetia com frequência
estes sacrifícios, mas não me detenho a contar mais; se não, nunca acabo.
Disseram um dia que vinha a interrogar-nos um Sacerdote que
era santo e que adivinhava o que se passava no íntimo de cada
um e que, por isso, ia a descobrir se sim ou não dizíamos a verdade. A Jacinta dizia, então, cheia de alegria:
– Quando virá esse Senhor Padre que adivinha? Se adivinha,
há-de saber muito bem que falamos verdade.
Brincávamos, um dia, sobre o poço já mencionado. A mãe da
Jacinta tinha ali uma vinha pegada. Cortou alguns cachos e veio
trazer-no-los, para que os comêssemos. Mas a Jacinta não esquecia nunca os seus pecadores.
– Não os comemos – dizia ela – e oferecemos este sacrifício
pelos pecadores.
Depois, correu a levar as uvas às outras crianças que brincavam na rua. À volta, vinha radiante de alegria; tinha encontrado
os nossos antigos pobrezinhos e tinha-lhas dado a eles.
Outra vez, minha tia foi chamar-nos para comermos uns figos
que tinha trazido para casa e que na realidade abriam o apetite a
qualquer. A Jacinta sentou-se connosco, satisfeita, ao lado da cesta e pega no primeiro para começar a comer; mas, de repente,
lembra-se e diz:
– É verdade! Ainda hoje não fizemos nenhum sacrifício pelos
pecadores! Temos que fazer este.
Põe o figo na cesta, faz o oferecimento e lá deixámos os figos,
para converter os pecadores. A Jacinta repetia com frequência
estes sacrifícios, mas não me detenho a contar mais; se não, nunca acabo.