6. PARTIDA PARA LISBOA

6. PARTIDA PARA LISBOA
Chegou, por fim, o dia de partir para Lisboa (23). A despedida
cortava o coração. Permaneceu muito tempo abraçada ao meu
pescoço e dizia, chorando:
– Nunca mais nos tornamos a ver! Reza muito por mim, até
que eu vá para o Céu. Depois, lá, eu peço muito por ti. Não digas
nunca o segredo a ninguém, ainda que te matem. Ama muito a
Jesus e o Imaculado Coração de Maria e faz muitos sacrifícios
pelos pecadores.
De Lisboa, mandou-me ainda dizer que Nossa Senhora já lá a
tinha ido ver; que Ihe tinha dito a hora e dia em que morria; e recomendava-me que fosse muito boa.
 
(23) Foi para Lisboa em 21 de Janeiro de 1920, tendo ficado no Orfanato de Nossa
Senhora dos Milagres, fundado e dirigido pela Madre Godinho, Rua da Estrela, 17. Foi internada a 2 de Fevereiro de 1920 no Hospital D. Estefânia; aí
faleceu, a 20 de Fevereiro de 1920, às 22.30 horas.
(24) Estas Memórias da Lúcia foram transcritas, pela primeira vez, pelo Cónego
Dr. José Galamba de Oliveira, no seu livro «Jacinta» (Maio de 1938).
Chegou, por fim, o dia de partir para Lisboa (23). A despedida
cortava o coração. Permaneceu muito tempo abraçada ao meu
pescoço e dizia, chorando:
– Nunca mais nos tornamos a ver! Reza muito por mim, até
que eu vá para o Céu. Depois, lá, eu peço muito por ti. Não digas
nunca o segredo a ninguém, ainda que te matem. Ama muito a
Jesus e o Imaculado Coração de Maria e faz muitos sacrifícios
pelos pecadores.
De Lisboa, mandou-me ainda dizer que Nossa Senhora já lá a
tinha ido ver; que Ihe tinha dito a hora e dia em que morria; e recomendava-me que fosse muito boa.
 
(23) Foi para Lisboa em 21 de Janeiro de 1920, tendo ficado no Orfanato de Nossa
Senhora dos Milagres, fundado e dirigido pela Madre Godinho, Rua da Estrela, 17. Foi internada a 2 de Fevereiro de 1920 no Hospital D. Estefânia; aí faleceu, a 20 de Fevereiro de 1920, às 22.30 horas.