«E o anjo disse a Satanás: "Que o Senhor te segure, Satanás, que o Senhor te segure, pois Ele escolheu Jerusalém".» Zc 3,2
«O mesmo acontece com esses indivíduos: [...] insultam os seres gloriosos. Na luta com o Diabo para disputar o corpo de Moisés, o arcanjo Miguel não teve a ousadia de o acusar com palavras ofensivas; apenas disse: "Que o Senhor te castigue!"» Jd 1 , 8-9
«Atrevidos e auto-suficientes, esses homens não exitam em blasfemar contra os seres gloriosos; ao passo que os anjos, embora superiores em força e poder, não pronunciam contra eles nenhum julgamento blasfemo na presença do Senhor.» 2PD 2,10-11
Tanto os textos de São Pedro como a epístola de São Judas Tadeu são a prova de que naquela época houve algum tipo de culto pagão em que se insultavam entidades espirituais malignas, que fossem estas daemones (génios) quer, talvez mais provavelmente, determinados eones (figuras espirituais que aparecem nas doutrinas gnósticas).
Os textos deixam claro que só insultavam as entidades malignas. No entanto, os dois Apóstolos censuram tal prática, pois dirão que nem sequer os anjos insultam os demónios, já que estes últimos, embora se tenham revoltado, continuam a ter uma natureza gloriosa, muito superior às naturezas do cosmos material. E é por isso precisamente que os anjos não os insultam, porque não querem insultar seres que pela sua natureza representam o cume da criação de Deus.
Estes interessantes versículos mostram-nos que para atormentar os demónios é suficiente que os anjos peçam a Deus que os contenha ou os repreenda. Os demónios, seres rebeldes, não podem resistir ao poder divino quando os repreende ou refreia os poderes da sua natureza. A repreenção de Deus deve ser algo terrível, dado que os anjos ameaçam com isso os demónios.
Os anjos estão diante da presença do Altíssimo, e a santidade d ´Ele é tão grande que não querem manchar a sua boca com sentenças ofensivas para com nada nem ninguém. Por isso, nos dois casos os Apóstolos limitam-se a comunicar-lhes que vão pedir a Deus que os contenha ou repreenda. Os anjos não insultam, só desejam amar e bendizer. Por isso o ensinamento desses versículos é claro: ninguém pode insultar os demónios. Ou melhor, ninguém deve insultar ninguém, nem sequer os demónios.
Nos exorcismos chama-se-lhes serpente, dragão, besta imunda, etc., mas tais termos não são insultos, mas descrições reais, embora isso os atormente. Diz-se-lhes a verdade para que não resistam mais ao sofrimento que lhes causa ouvir a verdade e saiam. Tudo isso lhes é dito sem ódio; com autoridade e poder, mas sem ódio. O ódio não serviria para nada. O ódio não procede de Deus.
«E o anjo disse a Satanás: "Que o Senhor te segure, Satanás, que o Senhor te segure, pois Ele escolheu Jerusalém".» Zc 3,2
«O mesmo acontece com esses indivíduos: [...] insultam os seres gloriosos. Na luta com o Diabo para disputar o corpo de Moisés, o arcanjo Miguel não teve a ousadia de o acusar com palavras ofensivas; apenas disse: "Que o Senhor te castigue!"» Jd 1 , 8-9
«Atrevidos e auto-suficientes, esses homens não exitam em blasfemar contra os seres gloriosos; ao passo que os anjos, embora superiores em força e poder, não pronunciam contra eles nenhum julgamento blasfemo na presença do Senhor.» 2PD 2,10-11
Tanto os textos de São Pedro como a epístola de São Judas Tadeu são a prova de que naquela época houve algum tipo de culto pagão em que se insultavam entidades espirituais malignas, que fossem estas daemones (génios) quer, talvez mais provavelmente, determinados eones (figuras espirituais que aparecem nas doutrinas gnósticas).
Os textos deixam claro que só insultavam as entidades malignas. No entanto, os dois Apóstolos censuram tal prática, pois dirão que nem sequer os anjos insultam os demónios, já que estes últimos, embora se tenham revoltado, continuam a ter uma natureza gloriosa, muito superior às naturezas do cosmos material. E é por isso precisamente que os anjos não os insultam, porque não querem insultar seres que pela sua natureza representam o cume da criação de Deus.
Estes interessantes versículos mostram-nos que para atormentar os demónios é suficiente que os anjos peçam a Deus que os contenha ou os repreenda. Os demónios, seres rebeldes, não podem resistir ao poder divino quando os repreende ou refreia os poderes da sua natureza. A repreenção de Deus deve ser algo terrível, dado que os anjos ameaçam com isso os demónios.
Os anjos estão diante da presença do Altíssimo, e a santidade d ´Ele é tão grande que não querem manchar a sua boca com sentenças ofensivas para com nada nem ninguém. Por isso, nos dois casos os Apóstolos limitam-se a comunicar-lhes que vão pedir a Deus que os contenha ou repreenda. Os anjos não insultam, só desejam amar e bendizer. Por isso o ensinamento desses versículos é claro: ninguém pode insultar os demónios. Ou melhor, ninguém deve insultar ninguém, nem sequer os demónios.
Nos exorcismos chama-se-lhes serpente, dragão, besta imunda, etc., mas tais termos não são insultos, mas descrições reais, embora isso os atormente. Diz-se-lhes a verdade para que não resistam mais ao sofrimento que lhes causa ouvir a verdade e saiam. Tudo isso lhes é dito sem ódio; com autoridade e poder, mas sem ódio. O ódio não serviria para nada. O ódio não procede de Deus.