Quando, depois do dia 13 de Setembro, lhe disse que em
Outubro vinha também Nosso Senhor, ele mostrou grande alegria:
– Ai que bom! Só O vimos duas vezes ainda (7) e eu gosto
tanto d’Ele!
De vez em quando perguntava:
(7) Refere-se à aparição dos meses de Junho e Julho. Viram Nosso Senhor, na
luz misteriosa da Mãe de Deus.
– Ainda faltarão muitos dias para o dia 13? Estou ansioso que
venha, para ver outra vez a Nosso Senhor.
Depois, pensava um pouco, e dizia:
– Mas, olha: Ele ainda estará tão triste?! Tenho tanta pena que
esteja assim tão triste! Eu ofereço-Lhe todos os sacrifícios que posso
arranjar. Às vezes, já nem fujo dessa gente, para fazer sacrifícios.
Depois do dia 13 de Outubro, dizia:
– Gostei muito de ver Nosso Senhor. Mas gostei mais de O ver
naquela luz onde nós estávamos também. Daqui a pouco, já Nosso Senhor me leva lá pró pé d’Ele e, então, vejo-O sempre.
Um dia, perguntei-lhe:
– Por que é que tu, quando te perguntam alguma coisa, baixas a cabeça e não queres responder?
– Porque antes quero que o digas tu e mais a Jacinta. Eu não
ouvi nada. Só posso dizer que sim, que vi. E, depois, se digo alguma coisa dessas que tu não queres?
De vez em quando, afastava-se de nós dissimuladamente.
Quando lhe dávamos pela falta, punhamo-nos à sua procura, chamando por ele. Lá nos respondia, detrás duma paredita ou de algum arbusto ou silvado, onde estava de joelhos, a rezar.
– Por que não nos dizes para rezarmos contigo? – lhe perguntava, às vezes.
– Porque gosto mais de rezar sozinho.
Já contei, em as notas sobre o livro «Jacinta» o que se passou
em uma propriedade chamada Várzea. Parece-me que não é preciso repeti-lo aqui.
Um dia, passávamos, para minha casa, em frente da casa de
minha madrinha de baptismo. Ela acabava de fazer a água-mel e
chamou-nos para nos dar um copo dela. Entrámos, e o Francisco
foi o primeiro a quem ela deu o copo, para que bebesse. Pega nele
e, sem beber, passa-o à Jacinta, para que beba primeiro, comigo;
e, entretanto, numa meia volta, desapareceu.
– Onde está o Francisco? – pergunta a minha Madrinha.
– Não sei; não sei. Ainda agora aqui estava!
Não apareceu. E a Jacinta, comigo, agradecendo a dádiva, lá
fomos ter com ele, onde não duvidámos um instante que estaria,
sentado na beira do poço já tantas vezes mencionado.
– Francisco, tu não bebeste a água-mel! A Madrinha chamou
tantas vezes por ti, mas não apareceste!
– Quando peguei no copo, lembrei-me de repente de fazer
aquele sacrifício para consolar a Nosso Senhor e, enquanto vocês
bebiam, fugi para aqui.
Quando, depois do dia 13 de Setembro, lhe disse que em
Outubro vinha também Nosso Senhor, ele mostrou grande alegria:
– Ai que bom! Só O vimos duas vezes ainda (7) e eu gosto
tanto d’Ele!
De vez em quando perguntava:
– Ainda faltarão muitos dias para o dia 13? Estou ansioso que
venha, para ver outra vez a Nosso Senhor.
Depois, pensava um pouco, e dizia:
– Mas, olha: Ele ainda estará tão triste?! Tenho tanta pena que
esteja assim tão triste! Eu ofereço-Lhe todos os sacrifícios que posso
arranjar. Às vezes, já nem fujo dessa gente, para fazer sacrifícios.
Depois do dia 13 de Outubro, dizia:
– Gostei muito de ver Nosso Senhor. Mas gostei mais de O ver
naquela luz onde nós estávamos também. Daqui a pouco, já Nosso Senhor me leva lá pró pé d’Ele e, então, vejo-O sempre.
Um dia, perguntei-lhe:
– Por que é que tu, quando te perguntam alguma coisa, baixas a cabeça e não queres responder?
– Porque antes quero que o digas tu e mais a Jacinta. Eu não
ouvi nada. Só posso dizer que sim, que vi. E, depois, se digo alguma coisa dessas que tu não queres?
De vez em quando, afastava-se de nós dissimuladamente.
Quando lhe dávamos pela falta, punhamo-nos à sua procura, chamando por ele. Lá nos respondia, detrás duma paredita ou de algum arbusto ou silvado, onde estava de joelhos, a rezar.
– Por que não nos dizes para rezarmos contigo? – lhe perguntava, às vezes.
– Porque gosto mais de rezar sozinho.
Já contei, em as notas sobre o livro «Jacinta» o que se passou
em uma propriedade chamada Várzea. Parece-me que não é preciso repeti-lo aqui.
Um dia, passávamos, para minha casa, em frente da casa de
minha madrinha de baptismo. Ela acabava de fazer a água-mel e
chamou-nos para nos dar um copo dela. Entrámos, e o Francisco
foi o primeiro a quem ela deu o copo, para que bebesse. Pega nele
e, sem beber, passa-o à Jacinta, para que beba primeiro, comigo;
e, entretanto, numa meia volta, desapareceu.
– Onde está o Francisco? – pergunta a minha Madrinha.
– Não sei; não sei. Ainda agora aqui estava!
Não apareceu. E a Jacinta, comigo, agradecendo a dádiva, lá
fomos ter com ele, onde não duvidámos um instante que estaria,
sentado na beira do poço já tantas vezes mencionado.
– Francisco, tu não bebeste a água-mel! A Madrinha chamou
tantas vezes por ti, mas não apareceste!
– Quando peguei no copo, lembrei-me de repente de fazer
aquele sacrifício para consolar a Nosso Senhor e, enquanto vocês
bebiam, fugi para aqui.
(7) Refere-se à aparição dos meses de Junho e Julho. Viram Nosso Senhor, na
luz misteriosa da Mãe de Deus.