90 PORQUE É QUE DEUS NÃO ANIQUILA O DEMÓNIO?

90 PORQUE É QUE DEUS NÃO ANIQUILA O DEMÓNIO?
Os demónois são uma manifestação do poder de Deus no Seu atributo da justiça. Portanto, a mera existência dos demónios proclama que a Lei de Deus não se ofende em vão. Eles são uma prova de que a santidade da Trindade é inviolável. O que viola essa santidade deforma-se a si mesmo transformando-se em demónio. Há uma violação dessa Lei e dessa santidade que é reversível, mas se a vontade opta por não retornar essa violação, então a deformação torna-se eterna. Daí que os demónios dêem glória a Deus. Dão glória a Deus com a sua existência e glorificam-n´O sem querer, do único modo que podem: sendo demónios. Eles são a terrível prova da ordem divina. O facto de existirem mostra o poder de Deus, capaz de conter e castigar seres tão poderosos. 
A sua existência também é uma demonstração da santidade divina, pois na história de cada um deles está o facto de Deus como um Pai os chamar tantas vezes ao arrependimento. A sua existência mostra a sua sabedoria, a sabedoria da sua ordem, uma ordem na qual até eles são aceites. Teria sido melhor que nunca tivessem existido demónios, mas a Criação é mais rica e variada com a existência deste tipo de entes maléficos. Até os seres disformes enriquecem a Criação com a sua mera presença. Uma catedral não seria mais bela se arrancássemos os seres monstruosos e híbridos esculpidos nos seus capitéis e gárgulas. Uma catedral gótica não é mais bela por esculpir apenas seres belos. Tudo tem o seu lugar, cada escultura mostra algo de quel o esculpiu.
Os demónios, como se disse, mostram a justiça terrível de Deus, mostram a sua santidade e a sua sabedoria ao criar tal ordem na Criação. Uma ordem tão perfeita que nem o mal pode destruir arquitectura tão divina. Teria sido preferível que não existisse o mal, mas existindo embeleza a catedral disposta pela mente da Santíssima Trindade. A catedral tem as suas altas torres, mas também as suas criptas e lúgubre subterrâneos. 
O que foi dito pode ser muito poético, pois há momentos em que a Teologia só pode expressar com poesia certos conceitos. E, voltando à férrea lógica dos conceitos teológicos, há também que considerar que os demónios não sofrem em todos e em cada um dos momentos. Inclusive, eles gozam do dom da existência. A existência é um dom. E embora sofrendo em muitos momentos, embora vivendo uma vida afastados de Deus, os demónios gozam do grau mais baixo de felicidade, a felicidade de existir. Sofrem em muitos momentos, mas noutros gozam da potência racional do conhecimento. De maneira que, inclusivamente para eles, é preferível existir a não existir.
O ser é um bem, ainda que seja sofrendo. Se se deixasse de existir deixar-se-ia de sofrer, mas perder-se-ia a possibilidade de todo o bem, por pequeno que fosse. O bem da existência no meio do sofrimento é pequeno, mas real; e quem perde a existência perde tudo. 
Os demónois são uma manifestação do poder de Deus no Seu atributo da justiça. Portanto, a mera existência dos demónios proclama que a Lei de Deus não se ofende em vão. Eles são uma prova de que a santidade da Trindade é inviolável. O que viola essa santidade deforma-se a si mesmo transformando-se em demónio. Há uma violação dessa Lei e dessa santidade que é reversível, mas se a vontade opta por não retornar essa violação, então a deformação torna-se eterna. Daí que os demónios dêem glória a Deus. Dão glória a Deus com a sua existência e glorificam-n´O sem querer, do único modo que podem: sendo demónios. Eles são a terrível prova da ordem divina. O facto de existirem mostra o poder de Deus, capaz de conter e castigar seres tão poderosos. 
 
A sua existência também é uma demonstração da santidade divina, pois na história de cada um deles está o facto de Deus como um Pai os chamar tantas vezes ao arrependimento. A sua existência mostra a sua sabedoria, a sabedoria da sua ordem, uma ordem na qual até eles são aceites. Teria sido melhor que nunca tivessem existido demónios, mas a Criação é mais rica e variada com a existência deste tipo de entes maléficos. Até os seres disformes enriquecem a Criação com a sua mera presença. Uma catedral não seria mais bela se arrancássemos os seres monstruosos e híbridos esculpidos nos seus capitéis e gárgulas. Uma catedral gótica não é mais bela por esculpir apenas seres belos. 
 
Tudo tem o seu lugar, cada escultura mostra algo de quel o esculpiu.
Os demónios, como se disse, mostram a justiça terrível de Deus, mostram a sua santidade e a sua sabedoria ao criar tal ordem na Criação. Uma ordem tão perfeita que nem o mal pode destruir arquitectura tão divina. Teria sido preferível que não existisse o mal, mas existindo embeleza a catedral disposta pela mente da Santíssima Trindade. A catedral tem as suas altas torres, mas também as suas criptas e lúgubre subterrâneos. 
 
O que foi dito pode ser muito poético, pois há momentos em que a Teologia só pode expressar com poesia certos conceitos. E, voltando à férrea lógica dos conceitos teológicos, há também que considerar que os demónios não sofrem em todos e em cada um dos momentos. Inclusive, eles gozam do dom da existência. A existência é um dom. E embora sofrendo em muitos momentos, embora vivendo uma vida afastados de Deus, os demónios gozam do grau mais baixo de felicidade, a felicidade de existir. Sofrem em muitos momentos, mas noutros gozam da potência racional do conhecimento. De maneira que, inclusivamente para eles, é preferível existir a não existir.
 
O ser é um bem, ainda que seja sofrendo. Se se deixasse de existir deixar-se-ia de sofrer, mas perder-se-ia a possibilidade de todo o bem, por pequeno que fosse. O bem da existência no meio do sofrimento é pequeno, mas real; e quem perde a existência perde tudo.