93 PORQUE É QUE O INFERNO TEM DE SER ETERNO?

93 PORQUE É QUE O INFERNO TEM DE SER ETERNO?
O arrependimento só pode nascer da graça. Se Deus não envia uma graça ao espírito fazendo-o compreender o mal cometido, não pode haver arrependimento sobrenatural. Sem a graça, um demónio pode entender que foi uma má decisão ter-se rebelado, que foi uma decisão que lhe provocou males, que foi um néscio. Mas o arrependimento sobrenatural é, qualitativamente, outra coisa. Não é um mero acto do nosso entendimento. É um dom de Deus enviado ao espírito para que dobremos os nossos joelhos e peça-mos de coração perdão a Deus, com humildade. 
Sem esta graça invisível, tem perfeitamente cabimento a dor pela decisão errada, mas sem pedido de perdão. Cabe admitir o erro que se cometeu, mas com soberba. Os demónios podem chegar a admitir que a sua opção os levou ao sofrimento, mas nem por isso deixam de odiar a Deus.
Deus já não enviará nenhuma graça de arrependimento aos demónios. Houve um momento em que se lhes concedeu a última, depois da qual já não há mais nenhuma. Os demónios sabem que o último comboio já partiu, e não há mais nenhum. Nem um só em toda a eternidade. É neste sentido que se pode afirmar que os demónios foram abandonados por Deus, pois o Criador abandonou-os a si mesmos para sempre. 
Como se vê, a eternidade da pena não é dada por uma arbitrária decisão divina, mas deve-se ao facto de eles se terem afastado e não quererem voltar. Frequentemente muitos cristãos consideram Deus excessivamente severo por impor uma condenação eterna, e não se apercebem de que foi Ele que foi abandonado e que a eles se lhes concede justamente o que desejam.
Alguns, ao ouvirem isto, pensarão: ah, pois eu, por mais que peque não quererei afastar-me de Deus, quererei sempre pedir-lhe perdão. E com tal raciocínio ficarão tranquilos sem saírem do pecado. A esses há que dizer-lhes que nenhum condenado pensou que algum dia o estaria. Se alguém continua no pecado, esses pecados levá-lo-ão a outros pecados piores. E esses a outros de maior importância ainda. É o que acontece com os consumidores de droga; no princípio eles eram, todos, pessoas normais que quando viram  os casos mais extremos se perguntaram como era possível chegar a tal disparate e debilidade. Pois o mesmo acontece com o pecado. Todo o condenado acreditou, no princípio, que não chegaria nunca a ultrapassar certos limites. 
O arrependimento só pode nascer da graça. Se Deus não envia uma graça ao espírito fazendo-o compreender o mal cometido, não pode haver arrependimento sobrenatural. Sem a graça, um demónio pode entender que foi uma má decisão ter-se rebelado, que foi uma decisão que lhe provocou males, que foi um néscio. Mas o arrependimento sobrenatural é, qualitativamente, outra coisa. Não é um mero acto do nosso entendimento. É um dom de Deus enviado ao espírito para que dobremos os nossos joelhos e peça-mos de coração perdão a Deus, com humildade. 
 
Sem esta graça invisível, tem perfeitamente cabimento a dor pela decisão errada, mas sem pedido de perdão. Cabe admitir o erro que se cometeu, mas com soberba. Os demónios podem chegar a admitir que a sua opção os levou ao sofrimento, mas nem por isso deixam de odiar a Deus.
 
Deus já não enviará nenhuma graça de arrependimento aos demónios. Houve um momento em que se lhes concedeu a última, depois da qual já não há mais nenhuma. Os demónios sabem que o último comboio já partiu, e não há mais nenhum. Nem um só em toda a eternidade. É neste sentido que se pode afirmar que os demónios foram abandonados por Deus, pois o Criador abandonou-os a si mesmos para sempre. 
 
Como se vê, a eternidade da pena não é dada por uma arbitrária decisão divina, mas deve-se ao facto de eles se terem afastado e não quererem voltar. Frequentemente muitos cristãos consideram Deus excessivamente severo por impor uma condenação eterna, e não se apercebem de que foi Ele que foi abandonado e que a eles se lhes concede justamente o que desejam.
 
Alguns, ao ouvirem isto, pensarão: ah, pois eu, por mais que peque não quererei afastar-me de Deus, quererei sempre pedir-lhe perdão. E com tal raciocínio ficarão tranquilos sem saírem do pecado. A esses há que dizer-lhes que nenhum condenado pensou que algum dia o estaria. Se alguém continua no pecado, esses pecados levá-lo-ão a outros pecados piores. E esses a outros de maior importância ainda. É o que acontece com os consumidores de droga; no princípio eles eram, todos, pessoas normais que quando viram  os casos mais extremos se perguntaram como era possível chegar a tal disparate e debilidade. Pois o mesmo acontece com o pecado. Todo o condenado acreditou, no princípio, que não chegaria nunca a ultrapassar certos limites.