A GRANDE DEVOÇÃO À AVE-MARIA E AO TERÇO Cap. 249 a 254

A GRANDE DEVOÇÃO À AVE-MARIA E AO TERÇO Cap. 249 a 254
249. Quinta prática. Devem ter também uma grande devoção à Ave-Maria, ou saudação angélica, pois poucos cristãos, mesmo dos mais esclarecidos conhecem suficientemente bem o seu valor, mérito, excelência e necessidade. Foi preciso que a Santíssima Virgem aparecesse várias vezes a grandes santos, dos mais iluminados, para lhes mostrar o mérito, como a São Domingos, São João Capristano e o bem-aventurado Alain de la Roche. Compuseram  grandes livros sobre as maravilhas e a eficácia desta oração para converter as almas; proclamaram bem alto, pregaram publicamente que a salvação do mundo tendo começado pela Ave-Maria, também, a salvação de cada um, em particular, estava ligada a esta oração; que esta oração que trouxe à terra seca e estéril o fruto da vida, é a mesma que, bem dita, deve fazer germinar nas almas a Palavra de Deus e trazer-lhe o fruto da vida, Jesus Cristo; que a Ave-Maria é um orvalho celeste que rega a terra, quer dizer, a alma, para lhe fazer dar fruto, no devido tempo; e que uma alma que não é regada por esta oração ou orvalho celeste, não dá fruto, só dá abrolhos e espinhos, e está perto da maldição.
250. Eis o que a Santíssima Virgem revelou ao bem-aventurado Alain de la Roche, como está registado no seu livro De dignitate Rosarii e também por Cartagena:
Fica a saber, meu filho, e dá-o a conhecer a todos, que um sinal provável e próximo de condenação eterna é ter aversão, tibieza e nigligência em recitar a saudação angélica, que salvou o mundo: Scias enim et secure intelligas et in de late omnibus patefacias, quod videlicet signum probabile est et propinquum aeternae dammationis horrere et acediare ac negligere Salutationem angelicam, totius mundi reparativam. 
Eis palavras bem consoladoras e bem terríveis, que custariam a acreditar, se não fossem garantidas por este santo homem, e por São Domingos antes dele e depois repetidas por vários séculos. Pois sempre se tem observado que aqueles que trazem o sinal de condenação, como os hereges, ímpios e mundanos, odeiam ou desprezam a Ave-Maria e o terço. Os hereges aprendem e recitam o Pater Nostrum, mas nunca a Ave-Maria ou o terço; têm-lhe horror, trariam mais facilmente uma serpente com eles do que um terço. Os orgulhosos também, embora católicos, tendo as mesmas  inclinações que seu pai, Lúcifer, desprezam ou só têm indiferença pela Ave-Maria e consideram o terço como devoção de mulherzinhas, boa para os ignorantes e para aqueles que não sabem ler. Pelo contrário, tem-se visto que aqueles ou aquelas que demonstram grandes sinais de predestinação, amam, saboreiam, apreciam e recitam com prazer a Ave-Maria; quanto mais elas são de Deus, mais apreciam esta oração. 
É precisamente o que a Santíssima Virgem disse ao beato Alain, depois das palavras que acabo de citar. 
251. Não sei como isto é, nem porquê, mas sei que é verdade; não tenho melhor segredo para saber se uma pessoa é de Deus, do que vereficar se gosta de recitar a Ave-Maria e o terço. Eu disse gosta porque pode acontecer que uma pessoa esteja na impossibilidade ou impotência natural ou sobrenatural de a recitar, mas é verdade que a ama e inspira aos outros. 
252. Almas predestinadas, escravas de Jesus por Maria, ficai a saber que a Ave-Maria é a mais bela oraçã do depois do Pai Nosso; é o mais alto e perfeito cumprimento que podemos fazer a Maria, pois foi o cumprimento que o Altíssimo lhe dirigiu por intermédio de um anjo, para lhe conquistar o coração; e foi tão poderoso sobre o seu coração, pelos encantos secretos de que está cheia, que Maria deu imediato consentimento à Encarnação do Verbo, apesar da sua profunda humildade. Será igualmente por este cumprimento que nós ganharemos infalivelmente o seu coração, se lho dirigimos como deve ser. 
253. A Ave-Maria bem dita, quer dizer com atenção, devoção e modéstia, é, segundo os santos, o inimigo do demónio, que o põe em fuga, o martelo que o esmaga, a santificação da alma, a alegria dos anjos, a melodia dos predestinados, o cântico do Novo Testamento, o prazer de Maria e a glória da Santíssima Trindade. A Ave-Maria é um orvalho celeste que torna a alma fecunda; é um beijo casto e amoroso que damos a Maria, uma rosa vermelha que lhe oferecemos, uma pérola preciosa que lhe damos, uma taça de ambrosia e de néctar que lhe servimos. Tudo isto são comparações dos santos. 
254. Peço-vos, pois, instantemente, pelo amor que vos tenho em Jesus e Maria, que vos não contenteis em recitar a coroinha da Santíssima Virgem, mas o vosso terço e até, se tendes tempo, o rosário, todos os dias e abençoareis, na hora da vossa morte, o dia e a hora em que me acreditastes; depois de ter semeado nas bênçãos de Jesus e de Maria, recolhereis as bênçãos eternas do Céu; Qui seminat in benedictionibus de benedictionibus et metet. 
249. Quinta prática. Devem ter também uma grande devoção à Ave-Maria, ou saudação angélica, pois poucos cristãos, mesmo dos mais esclarecidos conhecem suficientemente bem o seu valor, mérito, excelência e necessidade. Foi preciso que a Santíssima Virgem aparecesse várias vezes a grandes santos, dos mais iluminados, para lhes mostrar o mérito, como a São Domingos, São João Capristano e o bem-aventurado Alain de la Roche. Compuseram  grandes livros sobre as maravilhas e a eficácia desta oração para converter as almas; proclamaram bem alto, pregaram publicamente que a salvação do mundo tendo começado pela Ave-Maria, também, a salvação de cada um, em particular, estava ligada a esta oração; que esta oração que trouxe à terra seca e estéril o fruto da vida, é a mesma que, bem dita, deve fazer germinar nas almas a Palavra de Deus e trazer-lhe o fruto da vida, Jesus Cristo; que a Ave-Maria é um orvalho celeste que rega a terra, quer dizer, a alma, para lhe fazer dar fruto, no devido tempo; e que uma alma que não é regada por esta oração ou orvalho celeste, não dá fruto, só dá abrolhos e espinhos, e está perto da maldição.
 
250. Eis o que a Santíssima Virgem revelou ao bem-aventurado Alain de la Roche, como está registado no seu livro De dignitate Rosarii e também por Cartagena:
Fica a saber, meu filho, e dá-o a conhecer a todos, que um sinal provável e próximo de condenação eterna é ter aversão, tibieza e nigligência em recitar a saudação angélica, que salvou o mundo: Scias enim et secure intelligas et in de late omnibus patefacias, quod videlicet signum probabile est et propinquum aeternae dammationis horrere et acediare ac negligere Salutationem angelicam, totius mundi reparativam. 
Eis palavras bem consoladoras e bem terríveis, que custariam a acreditar, se não fossem garantidas por este santo homem, e por São Domingos antes dele e depois repetidas por vários séculos. Pois sempre se tem observado que aqueles que trazem o sinal de condenação, como os hereges, ímpios e mundanos, odeiam ou desprezam a Ave-Maria e o terço. Os hereges aprendem e recitam o Pater Nostrum, mas nunca a Ave-Maria ou o terço; têm-lhe horror, trariam mais facilmente uma serpente com eles do que um terço. Os orgulhosos também, embora católicos, tendo as mesmas  inclinações que seu pai, Lúcifer, desprezam ou só têm indiferença pela Ave-Maria e consideram o terço como devoção de mulherzinhas, boa para os ignorantes e para aqueles que não sabem ler. Pelo contrário, tem-se visto que aqueles ou aquelas que demonstram grandes sinais de predestinação, amam, saboreiam, apreciam e recitam com prazer a Ave-Maria; quanto mais elas são de Deus, mais apreciam esta oração. 
É precisamente o que a Santíssima Virgem disse ao beato Alain, depois das palavras que acabo de citar. 
 
251. Não sei como isto é, nem porquê, mas sei que é verdade; não tenho melhor segredo para saber se uma pessoa é de Deus, do que vereficar se gosta de recitar a Ave-Maria e o terço. Eu disse gosta porque pode acontecer que uma pessoa esteja na impossibilidade ou impotência natural ou sobrenatural de a recitar, mas é verdade que a ama e inspira aos outros. 
 
252. Almas predestinadas, escravas de Jesus por Maria, ficai a saber que a Ave-Maria é a mais bela oraçã do depois do Pai Nosso; é o mais alto e perfeito cumprimento que podemos fazer a Maria, pois foi o cumprimento que o Altíssimo lhe dirigiu por intermédio de um anjo, para lhe conquistar o coração; e foi tão poderoso sobre o seu coração, pelos encantos secretos de que está cheia, que Maria deu imediato consentimento à Encarnação do Verbo, apesar da sua profunda humildade. Será igualmente por este cumprimento que nós ganharemos infalivelmente o seu coração, se lho dirigimos como deve ser. 
 
253. A Ave-Maria bem dita, quer dizer com atenção, devoção e modéstia, é, segundo os santos, o inimigo do demónio, que o põe em fuga, o martelo que o esmaga, a santificação da alma, a alegria dos anjos, a melodia dos predestinados, o cântico do Novo Testamento, o prazer de Maria e a glória da Santíssima Trindade. A Ave-Maria é um orvalho celeste que torna a alma fecunda; é um beijo casto e amoroso que damos a Maria, uma rosa vermelha que lhe oferecemos, uma pérola preciosa que lhe damos, uma taça de ambrosia e de néctar que lhe servimos. Tudo isto são comparações dos santos. 
 
254. Peço-vos, pois, instantemente, pelo amor que vos tenho em Jesus e Maria, que vos não contenteis em recitar a coroinha da Santíssima Virgem, mas o vosso terço e até, se tendes tempo, o rosário, todos os dias e abençoareis, na hora da vossa morte, o dia e a hora em que me acreditastes; depois de ter semeado nas bênçãos de Jesus e de Maria, recolhereis as bênçãos eternas do Céu; Qui seminat in benedictionibus de benedictionibus et metet.