AMAR A JESUS COM O SEU PRÓPRIO CORAÇÃO

AMAR A JESUS COM O SEU PRÓPRIO CORAÇÃO
Este oferecimento que Santa Teresa do Menino Jesus faz ao Amor Misericordioso de Deus é a forma suprema do amor humano a Jesus e consiste em deixar-se invadir pelo Amor que é Deus. Ao oferecer-se como vítima de holocausto ao Amor Misericordioso, Teresa é invadida por esse amor e deste modo fica capacitada para " viver num acto de perfeito amor". Qual será este acto de perfeito amor que ultrapassará todas as possibilidades humanas? 
A 21 de Outubro de 1895, nessa extraordinária poesia, Jesus, meu Bem-amado, lembra-te, Teresa dirige-se a Jesus e faz-lhe o seguinte pedido: "Ah! para te amar dá-me mil corações!". Mil corações humanos para amar a Jesus, nada são para Teresa. Por isso a vítima oferecida ao Amor infinito apressa-se a dizer: "Mas é ainda pouco, Jesus, Bondade suprema. Dá-me o teu próprio Coração".
Será a partir do amor que a consume que Teresa ama o Amor. Em carta dirigida à sua irmã Maria ela esclarecerá melhor a essência deste amor.  "Ó Farol luminoso do Amor eu sei como hei-de alcançar-te; encontrei o segredo para me apropriar da tua chama" (Ms B, 3vº). E no fim da carta dirá: "A minha loucura consiste em suplicar às Águias, que me obtenham o favor de voar em direção ao Sol do Amor com as próprias asas da Águia Divina..." (Ms B, 5vº).
Na manhã do dia 9 de Junho de  1895, Teresa alcançou o cume da perfeição levada pelo ascensor divino, que são os braços de Jesus. Depois da graça de luz e da resposta generosa e sem limites da pequena vítima de amor, Teresa sente-se no fluxo e refluxo do Amor. As graças são constantes. "Minha Madre querida, vós que me permitistes oferecer-me deste modo a Deus, sabeis as ondas, ou antes, os oceanos de graças que vieram inundar-me a alma... Ah! desde esse feliz dia, parece-me que o Amor me penetra e me envolve. Parece-me que a cada instante este Amor Misericordioso me renova, purifica a minha alma e não deixa nela vestígio de pecado" (Ms C, 84rº). Já não teme o Purgatório e o seu olhar está totalmente orientado para o céu. Não sabe como terminará a sua história; aguardará em paz a eterna consumação em que cantará o cântico sempre novo da gratidão e do amor.
O oferecimento ao Amor Misericordioso não a desviará dos seus irmãos, os homens. Pelo contrário, quanto mais se eleva mais profundamente compreende as exigências da caridade fraterna e mais se entrega por essa categoria de pecadores que antes tinha dificuldade em aceitar a sua sinceridade; os que estão privados da fé. Para Teresa a caridade é tudo sobre a terra e ama-se a Deus na medida em que se a pratica, mas, para ela, a reciprocidade não é menos verdadeira, e, se queremos ser fiéis à sua espiritualidade, temos que dizer que para amar verdadeiramente os homens é preciso progredir no amor a Deus até ao oferecimento ao Amor Misericordioso. Este é um dos elementos essenciais da mensagem teresiana. 
Somente depois de receber a graça de compreender como Jesus deseja ser amado é que ela compreendeu toda a extenção e exigência do mandamento do amor ao próximo. "Este ano, minha Madre querida, Deus concedeu-me a graça de compreender o que é a caridade. Dantes compreendia-o, é verdade, mas de uma maneira imperfeita. Não tinha aprofundado  estas palavras de Jesus: «O segundo mandamento é semelhante ao primeiro: Amarás o teu próximo como a ti mesmo»" (Ms C, 11vº).
Teresa que entrou no Carmelo para ali trabalhar pela salvação da humanidade, devorada pelo zelo da conversão dos pecadores; que levou com alegria as cruzes da vida religiosa, porque Jesus lhe mostrou que por elas devia ganha almas; que a partir da sua terrível provação da Páscoa de 1896 se preocupou com a conversão dos incrédulos pela heroicidade dis seus actos de fé, diz que só agora, no fim da sua vida, entendeu toda a extensão do preceito da caridade. 
Este oferecimento que Santa Teresa do Menino Jesus faz ao Amor Misericordioso de Deus é a forma suprema do amor humano a Jesus e consiste em deixar-se invadir pelo Amor que é Deus. Ao oferecer-se como vítima de holocausto ao Amor Misericordioso, Teresa é invadida por esse amor e deste modo fica capacitada para " viver num acto de perfeito amor". Qual será este acto de perfeito amor que ultrapassará todas as possibilidades humanas? 
 
A 21 de Outubro de 1895, nessa extraordinária poesia, Jesus, meu Bem-amado, lembra-te, Teresa dirige-se a Jesus e faz-lhe o seguinte pedido: "Ah! para te amar dá-me mil corações!". Mil corações humanos para amar a Jesus, nada são para Teresa. Por isso a vítima oferecida ao Amor infinito apressa-se a dizer: "Mas é ainda pouco, Jesus, Bondade suprema. Dá-me o teu próprio Coração".
Será a partir do amor que a consume que Teresa ama o Amor. Em carta dirigida à sua irmã Maria ela esclarecerá melhor a essência deste amor.  "Ó Farol luminoso do Amor eu sei como hei-de alcançar-te; encontrei o segredo para me apropriar da tua chama" (Ms B, 3vº). E no fim da carta dirá: "A minha loucura consiste em suplicar às Águias, que me obtenham o favor de voar em direção ao Sol do Amor com as próprias asas da Águia Divina..." (Ms B, 5vº).
 
Na manhã do dia 9 de Junho de  1895, Teresa alcançou o cume da perfeição levada pelo ascensor divino, que são os braços de Jesus. Depois da graça de luz e da resposta generosa e sem limites da pequena vítima de amor, Teresa sente-se no fluxo e refluxo do Amor. As graças são constantes. "Minha Madre querida, vós que me permitistes oferecer-me deste modo a Deus, sabeis as ondas, ou antes, os oceanos de graças que vieram inundar-me a alma... Ah! desde esse feliz dia, parece-me que o Amor me penetra e me envolve. Parece-me que a cada instante este Amor Misericordioso me renova, purifica a minha alma e não deixa nela vestígio de pecado" (Ms C, 84rº). Já não teme o Purgatório e o seu olhar está totalmente orientado para o céu. Não sabe como terminará a sua história; aguardará em paz a eterna consumação em que cantará o cântico sempre novo da gratidão e do amor.
 
O oferecimento ao Amor Misericordioso não a desviará dos seus irmãos, os homens. Pelo contrário, quanto mais se eleva mais profundamente compreende as exigências da caridade fraterna e mais se entrega por essa categoria de pecadores que antes tinha dificuldade em aceitar a sua sinceridade; os que estão privados da fé. Para Teresa a caridade é tudo sobre a terra e ama-se a Deus na medida em que se a pratica, mas, para ela, a reciprocidade não é menos verdadeira, e, se queremos ser fiéis à sua espiritualidade, temos que dizer que para amar verdadeiramente os homens é preciso progredir no amor a Deus até ao oferecimento ao Amor Misericordioso. Este é um dos elementos essenciais da mensagem teresiana. 
 
Somente depois de receber a graça de compreender como Jesus deseja ser amado é que ela compreendeu toda a extenção e exigência do mandamento do amor ao próximo. "Este ano, minha Madre querida, Deus concedeu-me a graça de compreender o que é a caridade. Dantes compreendia-o, é verdade, mas de uma maneira imperfeita. Não tinha aprofundado  estas palavras de Jesus: «O segundo mandamento é semelhante ao primeiro: Amarás o teu próximo como a ti mesmo»" (Ms C, 11vº).
 
Teresa que entrou no Carmelo para ali trabalhar pela salvação da humanidade, devorada pelo zelo da conversão dos pecadores; que levou com alegria as cruzes da vida religiosa, porque Jesus lhe mostrou que por elas devia ganha almas; que a partir da sua terrível provação da Páscoa de 1896 se preocupou com a conversão dos incrédulos pela heroicidade dis seus actos de fé, diz que só agora, no fim da sua vida, entendeu toda a extensão do preceito da caridade.