O Mal existiu e existe em todas as civilizações. A História das Culturas demonstra como ele se revela em cada época. E mostra também como as sociedades e pessoas qualificadas combateram a treva. Na área cristã que é vastíssima, o Mal tem um nome e um objetivo. É Satanás e toda a hierarquia das suas hordas, contando-se estas hordas por demónios caídos dos coros angélicos, almas condenadas e pessoas ainda vivas neste planeta que se lhe consagraram de modo especial. O seu objetivo é perder a humanidade a quem vota um ódio de morte e destruir os planos de Deus com quem quer rivalizar, num intento louco e soberbo. Tem conseguido cegar os homens, derramando sobre eles um espírito materialista e baixo, incompatível com todo e qualquer esforço da alma para o Altíssimo. Por isso a Igreja ensina que dos novíssimos do homem consta: morte, juízo, Inferno e Paraíso. A sua morada hedionda é o Inferno e é aí que quer precipitar todas as criaturas de Deus para as escravizar e diminuir a obra de Deus, convencido de que isso fere fortemente o Coração do Homem-Deus. E tem razão.
Os homens, cegos e tontos, imitadores e seguidores do filho da perdição, afadigam-se e esgotam-se com as coisas da terra e da matéria, desprezando com um orgulho néscio tudo aquilo que é do Alto e é difícil. Lúcifer ou Satanás espalha o seu baixo império e recruta os seus sequazes em todas as classes, em todas as instituições e em todas as igrejas, e lança-os confiadamente contra aqueles que ainda guardam o testemunho do Deus Todo-Poderoso e ainda reverenciam o Deus dos Exércitos, o Três Vezes Santo, sentado sobre os Tronos e Querubins, que O louvam sem cessar, proclamando-O para a Eternidade o Único Três Vezes Santo. Na loucura geral nada se poupou. E enquanto avança o domínio do Maligno, os homens todos proclamam pomposamente que o Diabo é imaginação de dementes, temor do passado, que os Anjos são anjinhos papudos, que os demónios são coisas para brincar, que as almas do inferno estão sossegadas e contentes, calmas, nos poços do abismo.