Para guardar em sua integridade a verdadeira doutrina que proíbe assegurar a todo pecado mortal uma perigosa segurança ou de rodeá-lo de um prestígio funesto, eis aqui a ordem na qual se deve proceder à cura dos catecúmenos: eles devem acreditar em Deus Pai, Filho e Espírito Santo, segundo a fórmula do Símbolo; fazer penitência pelas obras de morte e serem convencidos de que vão receber no batismo a remissão de seus pecados, não para serem autorizados a pecar no futuro, mas para estarem isentos das penas correspondentes às suas faltas no passado, pois a remissão do pecado não inclui a liberdade de cometê-lo.
Eles estão nestas condições? Então se pode aplicar a eles, em um sentido espiritual, esta passagem: Eis que ficaste são; já não peques (Jo 5,14).
Se o Senhor falou aqui da saúde do corpo, foi por que ele sabia bem que o enfraquecimento dos órgãos era, naquele que foi curado por ele, uma consequência de seus pecados.
Mas eu não sei em que sentido nossos adversários poderiam dizer àquele que entrou adúltero no banho sagrado e saiu adúltero: “Tu estás curado”. Que doença seria então mortal, se o adultério era a própria saúde?