CONFIANÇA E ABANDONO

CONFIANÇA E ABANDONO
Santa Teresa do Menino Jesus é uma discípula predilecta de São João da Cruz. Para ela os seus princípios são faróis que projetam luz sobre as regiões mais ocultas do seu ser. Ela sabe a importância que para ele têm as virtudes teologais e como a esperança e pobreza espiritual são palavras que ecoam profundamente nas pessoas que se encontram Ssubmergidas na noite do espírito. É na pobreza espiritual que a esperança encontra a sua pureza. A virtude da esperança tem por objeto primário e principal a Deus em quem se espera por Ele mesmo pela ajuda da sua omnipotência. Portanto, a esperança será tanto mais perfeita quanto mais o homem confie em Deus excluindo todo outro motivo que não seja o próprio Deus. A pureza do objeto e do motivo da esperança adquire-se pela eliminação de tudo o resto, pelo desprendimento total, que é a pobreza espiritual.
O pobre é aquele que confia em Deus e só n´Ele põe a sua esperança. Esperança que é um germe divino que só Deus pode alimentar e desenvolver, cabendo ao homem a tarefa de preparar o terreno e colaborar no seu desenvolvimento. Este desprendimento ou empobrecimento deve incidir sobre todas as riquezas naturais e sobrenaturais, sobre todos os bens naturais, intelectuais e espirituais, São João da Cruz dirige-se para o cume do Monte Carmelo pelo caminho dos nadas. E este caminho é o do desprendimento total e da pobreza absoluta. Só ele conduz a Deus e garante a sua posse (Cf. 1S, 13, 11-12).
A doutrina da infância espiritual nasce da doutrina de São João da Cruz. Uma pessoa não poderá chegar às profundidades da infância espiritual se não tem em conta o que o santo diz acerca da esperança e pobrez espiritual. Teresa, a partir de certas intuições e experiências (a sua primeira comunhão, a graça de Natal de  1888 e a contemplação de Nosso Senhor na Cruz) e esclarecida pelos escritos do místico doutor, penetra profundamente o Amor de Deus, um amor infinito, ardente, delicado e terno. Um amor que deseja derramar-se e que se derrama sobre aqueles que a Ele se entregam por uma fé nua e uma esperança pura, como pobre que é de tudo. Fé que se abre à esperança e esperança que escancara as portas do amor divino. A virtude da esperança é básica da espiritualidade de Teresa do Menino Jesus. 
Ao perguntarem-lhe qual era o caminho que pretendia ensinar às almas, ela responde: "Este caminho da infância espiritual é o caminho da confiança e do abandono" (Últimas conversas, 17 de Julho). Confiança que não é outra coisa senão a espera impregnada totalmente de amor e abandono que vem a ser a confiança manifestada por certos actos, mas principalmente, confiança que gera uma atitude de espírito. Entre as virtudes teologais a esperança é a virtude dinâmica que nos encaminha para Deus, por isso, quando Teresa fala da confiança e do abandono como caminho para ir a Deus, está imbuída de um profundo sentido teológico. Para ela nunca será demasiada a confiança que ponhamos em Deus, tão poderoso e misericordioso. Obtém-se d´Ele quando se espera. Em resposta à sua irmã que lhe dizia que ela deveria ter lutado muito para chegar a ser perfeita responde: "Oh! Não é isso! A santidade não consiste nesta ou naquela prática, é mais uma disposição do coração que nos faz humildes e pequenos nos braços de Deus, conscientes da nossa fragilidade, e confiantes, até à ousadia, na sua bondade de Pai" (Últimas conversas, 3 de Agosto).
Confiança apesar das suas misérias e fraquezas. São as últimas palavras por ela escritas: "Mesmo que tivesse na consciência todos os pecados que se possam cometer, eu iria com o coração despedaçado de arrependimento lançar-me nos braços de Jesus, pois sei quanto ama o filho pródigo que para Ele volta. Não é porque Deus, na sua previdente misericórdia, preservou a minha alma do pecado mortal, que me elevo para Ele pela confiança e pelo amor (Ms C, 36vº)." E pede à Madre Inês que continue o seu pensamento porque ela já não pode escrever. "Dizei bem, minha Madre que se eu tivesse cometido todos os crimes possíveis, teria sempre a mesma confiança, sentiria que essa multidão de ofensas seria como uma gota de água lançada num braseiro ardente. Contareis em seguida a história da pecadora convertida, que morreu de amor... (Últimas conversas, 11 de Julho). 
Santa Teresa do Menino Jesus é uma discípula predilecta de São João da Cruz. Para ela os seus princípios são faróis que projetam luz sobre as regiões mais ocultas do seu ser. Ela sabe a importância que para ele têm as virtudes teologais e como a esperança e pobreza espiritual são palavras que ecoam profundamente nas pessoas que se encontram Ssubmergidas na noite do espírito. É na pobreza espiritual que a esperança encontra a sua pureza. A virtude da esperança tem por objeto primário e principal a Deus em quem se espera por Ele mesmo pela ajuda da sua omnipotência. Portanto, a esperança será tanto mais perfeita quanto mais o homem confie em Deus excluindo todo outro motivo que não seja o próprio Deus. A pureza do objeto e do motivo da esperança adquire-se pela eliminação de tudo o resto, pelo desprendimento total, que é a pobreza espiritual.
 
O pobre é aquele que confia em Deus e só n´Ele põe a sua esperança. Esperança que é um germe divino que só Deus pode alimentar e desenvolver, cabendo ao homem a tarefa de preparar o terreno e colaborar no seu desenvolvimento. Este desprendimento ou empobrecimento deve incidir sobre todas as riquezas naturais e sobrenaturais, sobre todos os bens naturais, intelectuais e espirituais, São João da Cruz dirige-se para o cume do Monte Carmelo pelo caminho dos nadas. E este caminho é o do desprendimento total e da pobreza absoluta. Só ele conduz a Deus e garante a sua posse (Cf. 1S, 13, 11-12).
 
A doutrina da infância espiritual nasce da doutrina de São João da Cruz. Uma pessoa não poderá chegar às profundidades da infância espiritual se não tem em conta o que o santo diz acerca da esperança e pobrez espiritual. Teresa, a partir de certas intuições e experiências (a sua primeira comunhão, a graça de Natal de  1888 e a contemplação de Nosso Senhor na Cruz) e esclarecida pelos escritos do místico doutor, penetra profundamente o Amor de Deus, um amor infinito, ardente, delicado e terno. Um amor que deseja derramar-se e que se derrama sobre aqueles que a Ele se entregam por uma fé nua e uma esperança pura, como pobre que é de tudo. Fé que se abre à esperança e esperança que escancara as portas do amor divino. A virtude da esperança é básica da espiritualidade de Teresa do Menino Jesus. 
 
Ao perguntarem-lhe qual era o caminho que pretendia ensinar às almas, ela responde: "Este caminho da infância espiritual é o caminho da confiança e do abandono" (Últimas conversas, 17 de Julho). Confiança que não é outra coisa senão a espera impregnada totalmente de amor e abandono que vem a ser a confiança manifestada por certos actos, mas principalmente, confiança que gera uma atitude de espírito. Entre as virtudes teologais a esperança é a virtude dinâmica que nos encaminha para Deus, por isso, quando Teresa fala da confiança e do abandono como caminho para ir a Deus, está imbuída de um profundo sentido teológico. Para ela nunca será demasiada a confiança que ponhamos em Deus, tão poderoso e misericordioso. Obtém-se d´Ele quando se espera. Em resposta à sua irmã que lhe dizia que ela deveria ter lutado muito para chegar a ser perfeita responde: "Oh! Não é isso! A santidade não consiste nesta ou naquela prática, é mais uma disposição do coração que nos faz humildes e pequenos nos braços de Deus, conscientes da nossa fragilidade, e confiantes, até à ousadia, na sua bondade de Pai" (Últimas conversas, 3 de Agosto).
 
Confiança apesar das suas misérias e fraquezas. São as últimas palavras por ela escritas: "Mesmo que tivesse na consciência todos os pecados que se possam cometer, eu iria com o coração despedaçado de arrependimento lançar-me nos braços de Jesus, pois sei quanto ama o filho pródigo que para Ele volta. Não é porque Deus, na sua previdente misericórdia, preservou a minha alma do pecado mortal, que me elevo para Ele pela confiança e pelo amor (Ms C, 36vº)." E pede à Madre Inês que continue o seu pensamento porque ela já não pode escrever. "Dizei bem, minha Madre que se eu tivesse cometido todos os crimes possíveis, teria sempre a mesma confiança, sentiria que essa multidão de ofensas seria como uma gota de água lançada num braseiro ardente. Contareis em seguida a história da pecadora convertida, que morreu de amor... (Últimas conversas, 11 de Julho).