227. Primeira prática. Aqueles e aquelas que quiserem entrar nesta devoção particular, que não está ereta em confraria, embora isso fosse de desejar, depois de ter, como eu disse, na primeira parte desta preparação para o Reino de Jesus Cristo, gasto doze dias, pelo menos, para nos esvaziarmos do espírito do mundo, contrário ao espírito de Jesus Cristo, gastaremos três semanas para nos enchermos de Jesus Cristo por intermédio da Santíssima Virgem. Eis a ordem que se pode observar:
228. Durante a primeira semana, devem os devotos aplicar todas as suas orações, boas obras e atos de piedade, para pedir o conhecimento deles próprios e a contrição dos pecados: tudo será feito com espírito de humildade. Para isso, poderão, se assim o quiserem, meditar aquilo que disse sobre o nosso mau fundo e olharem-se durante os seis dias desta semana, como caracóis, lesmas, sapos, porcos, serpentes e bodes: ou então, estas três palavras de São Bernardo: Cogita quid fueris, semen putridum; quid sis, vas stercorum; quid futurus sis, esca verminum. Pedirão a Nosso Senhor e ao Espírito Santo que os esclareça, usando palavras como esta: Domine, ut videam; ou Noverim me; ou Veni, Sancte Spiritus e dirão todos os dias a ladainha do Espírito Santo e a oração que se segue que vem na última parte desta obra. Recorrerão à Santíssima Virgem e pedir-lhe-ão esta grande graça que deve ser o fundamento das outras e, para isso, recitarão todos os dias a Ave Maris Stella e a ladainha da Virgem.
229. Durante a segunda semana aplicar-se-ão em todas as orações e obras do dia, a conhecer melhor a Santíssima Virgem. Devem pedir este conhecimento ao Espírito Santo. Podem ler e meditar o que temos dito. Recitarão, como na primeira semana, a ladainha do Espírito Santo e a Ave Maris Stella e, além disso, um rosário todos os dias, ou pelo menos o terço segundo esta intenção.
230. Empregarão a terceira semana no conhecimento de Jesus Cristo. Podem ler e meditar o que dissemos sobre isto e recitar a oração de Santo Agostinho, que está no começo desta segunda parte. Poderão com o mesmo santo, dizer e repetir centenas de vezes por dia: Noverium te: «Senhor, que Vos conheça!» ou então, Domine ut videam: «Senhor, faz que veja quem sois!» Recitarão, como nas semanas precedentes, a ladainha do Espírito Santo e a Ave Maris Stella, acrescentando todos os dias as ladainhas de Jesus.
231. No fim destas três semanas, deverão confessar-se e comungar com a intenção de se entregarem a Jesus Cristo, como escravos de amor, pelas mãos de Maria. Depois da comunhão, que devem procurar fazer segundo o método acima indicado, recitarão a fórmula da sua consagração que se encontra neste livro; deverão escrevê-la ou fazê-la escrever, assinalando-a no mesmo dia em que a fizeram.
232. Será conveniente que, nesse dia, paguem qualquer tributo a Jesus Cristo ou à Sua santa Mãe, quer por penitência da passada infidelidade aos votos do Batismo, quer para estabelecer a sua dependência do domínio de Jesus e Maria. Ora, este tributo será segundo a devoção e possibilidade de cada um: um jejum, uma esmola, uma mortificação, um círio, etc.: mesmo que seja somente um alfinete, mas oferecido com o coração, será bastante para Jesus, que olha sobretudo à vontade.
233. Todos os anos, pelo menos, no mesmo dia, renovarão a consagração observando as mesmas práticas durante três semanas. Podem até, todos os meses e todos os dias, renovar o que fizeram, por estas breves palavras: Tuus totus ego sum, et omnia mea tua sunt: «Eu sou todo vosso e tudo o que tenho pertence-Vos», ó meu amável Jesus, por intermédio de Maria, Vossa santa Mãe.
227. Primeira prática. Aqueles e aquelas que quiserem entrar nesta devoção particular, que não está ereta em confraria, embora isso fosse de desejar, depois de ter, como eu disse, na primeira parte desta preparação para o Reino de Jesus Cristo, gasto doze dias, pelo menos, para nos esvaziarmos do espírito do mundo, contrário ao espírito de Jesus Cristo, gastaremos três semanas para nos enchermos de Jesus Cristo por intermédio da Santíssima Virgem. Eis a ordem que se pode observar:
228. Durante a primeira semana, devem os devotos aplicar todas as suas orações, boas obras e atos de piedade, para pedir o conhecimento deles próprios e a contrição dos pecados: tudo será feito com espírito de humildade. Para isso, poderão, se assim o quiserem, meditar aquilo que disse sobre o nosso mau fundo e olharem-se durante os seis dias desta semana, como caracóis, lesmas, sapos, porcos, serpentes e bodes: ou então, estas três palavras de São Bernardo: Cogita quid fueris, semen putridum; quid sis, vas stercorum; quid futurus sis, esca verminum. Pedirão a Nosso Senhor e ao Espírito Santo que os esclareça, usando palavras como esta: Domine, ut videam; ou Noverim me; ou Veni, Sancte Spiritus e dirão todos os dias a ladainha do Espírito Santo e a oração que se segue que vem na última parte desta obra. Recorrerão à Santíssima Virgem e pedir-lhe-ão esta grande graça que deve ser o fundamento das outras e, para isso, recitarão todos os dias a Ave Maris Stella e a ladainha da Virgem.
229. Durante a segunda semana aplicar-se-ão em todas as orações e obras do dia, a conhecer melhor a Santíssima Virgem. Devem pedir este conhecimento ao Espírito Santo. Podem ler e meditar o que temos dito. Recitarão, como na primeira semana, a ladainha do Espírito Santo e a Ave Maris Stella e, além disso, um rosário todos os dias, ou pelo menos o terço segundo esta intenção.
230. Empregarão a terceira semana no conhecimento de Jesus Cristo. Podem ler e meditar o que dissemos sobre isto e recitar a oração de Santo Agostinho, que está no começo desta segunda parte. Poderão com o mesmo santo, dizer e repetir centenas de vezes por dia: Noverium te: «Senhor, que Vos conheça!» ou então, Domine ut videam: «Senhor, faz que veja quem sois!» Recitarão, como nas semanas precedentes, a ladainha do Espírito Santo e a Ave Maris Stella, acrescentando todos os dias as ladainhas de Jesus.
231. No fim destas três semanas, deverão confessar-se e comungar com a intenção de se entregarem a Jesus Cristo, como escravos de amor, pelas mãos de Maria. Depois da comunhão, que devem procurar fazer segundo o método acima indicado, recitarão a fórmula da sua consagração que se encontra neste livro; deverão escrevê-la ou fazê-la escrever, assinalando-a no mesmo dia em que a fizeram.
232. Será conveniente que, nesse dia, paguem qualquer tributo a Jesus Cristo ou à Sua santa Mãe, quer por penitência da passada infidelidade aos votos do Batismo, quer para estabelecer a sua dependência do domínio de Jesus e Maria. Ora, este tributo será segundo a devoção e possibilidade de cada um: um jejum, uma esmola, uma mortificação, um círio, etc.: mesmo que seja somente um alfinete, mas oferecido com o coração, será bastante para Jesus, que olha sobretudo à vontade.
233. Todos os anos, pelo menos, no mesmo dia, renovarão a consagração observando as mesmas práticas durante três semanas. Podem até, todos os meses e todos os dias, renovar o que fizeram, por estas breves palavras: Tuus totus ego sum, et omnia mea tua sunt: «Eu sou todo vosso e tudo o que tenho pertence-Vos», ó meu amável Jesus, por intermédio de Maria, Vossa santa Mãe.