Orando assim, de modo particular agora, no mês de Junho, meditamos sobre a complacência que o Pai tem no Filho: Deus em Deus, Luz na Luz.
Tal complacência significa também Amor: este Amor ao qual tudo o que existe deve a sua vida: sem ele, sem Amor, e sem o Verbo-Filho, “nada foi criado”.
Esta complacência do Pai encontrou a sua manifestação na obra da criação, em particular na criação do homem, quando Deus “contemplou tudo o que tinha feito, e eis que era muito bom”.
Não é porventura o Coração de Jesus aquele “ponto” em que também o homem pode reencontrar plena confiança em tudo o que é criado? Ele vê os valores, vê a ordem e a beleza do mundo. Vê o sentido da vida.
Coração de Jesus, no qual o Pai pôs toda a sua complacência.
Dirijamo-nos para as margens do Jordão.
Dirijamo-nos para o monte Tabor.
Em ambos os acontecimentos descritos pelos Evangelistas escutamos a voz do Deus invisível, e é a voz do Pai:
“Este é o meu Filho muito amado, no qual pus toda a minha complacência; escutai-O”
A eterna complacência do Pai acompanha o Filho, quando Ele se fez homem, quando acolheu a missão messiânica a realizar no mundo, quando dizia que o seu alimento era cumprir a vontade do Pai.
No fim, Cristo cumpriu esta vontade fazendo-se obediente até à morte na Cruz, e então aquela eterna complacência do Pai no Filho, que pertence ao íntimo mistério de Deus-Trino, tornou-se parte da história do homem.
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