… Não é porventura assim o Coração d´Aquele que “passou fazendo o bem a todos?” D´Aquele que fez que os cegos recobrassem a vista, os coxos caminhassem, os mortos ressuscitassem? Que aos pobres fosse anunciada a Boa Nova?
Não é porventura assim o Coração de Jesus, que não tinha Ele próprio onde repousar a cabeça, enquanto as raposas têm as suas tocas e as aves os seus ninhos?
Não é porventura assim o Coração de Jesus, que defendeu da lapidação a mulher adúltera e depois lhe disse: “Vai e daqui para diante não tornes a pecar”?
Não é porventura assim o Coração d´Aquele que foi chamado “amigo dos publicanos e dos pecadores”?
Juntamente com Maria, contemplemos o íntimo deste Coração!
Releamo-lo ao longo do Evangelho!
Releamos sobretudo, este Coração no momento da crucificação. Quando foi trespassado pela lança. Quando se revelou até ao fundo o mistério nele escrito.
Coração paciente, porque aberto a todos os sofrimentos do homem. Coração paciente, porque disposto Ele próprio a aceitar um sofrimento que não se mede com metro humano!
Coração paciente, porque imensamente misericordioso!
Com efeito, que é a misericórdia senão aquela medida particularíssima do amor que se exprime no sofrimento?
Com efeito, que é a misericórdia senão a medida definitiva do amor que desce ao centro mesmo do mal para o vencer com o bem?
Que coisa é ela, senão o amor que vence o pecado do mundo mediante o sofrimento e a morte?
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