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Deus, criador do céu e da terra, é também “o Deus de toda a consolação”. Numerosas páginas do Antigo Testamento mostram-nos Deus que, na sua grande ternura e compaixão, consola o seu povo na hora de aflição. Para confortar Jerusalém, destruída e desolada, o Senhor envia os seus profetas a levar uma mensagem de consolação: “Consolai, consolai o meu povo (…) Animai Jerusalém e gritai-lhe: a sua servidão está terminada. E, dirigindo-se a Israel, oprimido pelo temor dos inimigos, declara: “Sou Eu, sou Eu que vos consolo; e ainda, comparando-se a uma mãe cheia de ternura pelos seus filhos, manifesta a sua vontade de trazer paz, alegria e conforto a Jerusalém: “Alegrai-vos com Jerusalém, gozai com ela, vós todos que a amais. (…) saciar-vos-eis com as suas consolações. (…) Como uma mãe consola o seu filho, assim Eu vos consolarei, e em Jerusalém sereis consolados”.
Em Jesus, verdadeiro Deus e verdadeiro homem, nosso irmão, o “Deus que consola” fez-Se presente no meio de nós. De facto, o primeiro a indicá-lo foi o justo Simeão, que teve a alegria de acolher nos seus braços o Menino Jesus e de ver n´Ele cumprida “a consolação de Israel.”» E, em toda a vida de Cristo, a pregação do Reino foi um ministério de consolação: anúncio de uma alegre mensagem aos pobres, proclamação de liberdade para os oprimidos, de cura para os doentes, de graça e de salvação para todos.
Do Coração de Cristo brotou esta tranquilizadora bem-aventurança: “Bem-aventurados os que choram porque serão consolados”; bem como o tranquilizador convite: “Vinde a Mim, todos os que estais cansados e oprimidos, e aliviar-vos-ei”.
A consolação que provinha do Coração de Cristo era participação no sofrimento humano; vontade de mitigar a ânsia e de aliviar a tristeza; sinal concreto de amizade.
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