DIA 26 - CORAÇÃO DE JESUS, NOSSA VIDA E RESSURREIÇÃO

DIA 26 - CORAÇÃO DE JESUS, NOSSA VIDA E RESSURREIÇÃO

 

Esta invocação da Ladainha do Sagrado Coração, forte e convincente como um acto de fé, contém numa frase lapidar todo o mistério de Cristo Redentor. Recorda as palavras dirigidas por Jesus a Marta, entristecida por causa da morte do irmão Lázaro: “Eu sou a Ressurreição e a Vida; quem crê em Mim, ainda que morra, viverá”.

 

Jesus é a vida que dimana eternamente da fonte divina do Pai: “No principio era o Verbo, e o Verbo estava com Deus, e o Verbo era Deus (...). N´Ele estava a Vida e a Vida era a luz dos homens”.

 

Jesus é vida em Si mesmo: “Assim como o Pai tem a vida em Si mesmo – declara Ele – assim também concedeu ao Filho ter a vida em Si mesmo”. No íntimo ser de Cristo, no seu Coração, a vida divina e a vida humana conjugam-se harmonicamente, em plena e inseparável unidade.

 

Mas Jesus é também vida para nós. “Dar a vida” é o objectivo da missão que Ele, Bom Pastor, recebeu do Pai: “Eu vim para que tenham vida, e a tenham em abundância!”

 

Jesus é também a ressurreição. Nada é tão radicalmente contrário à santidade de Cristo – o Santo do Senhor – como o pecado; nada tão oposto a Ele, fonte de vida, quanto a morte.

 

Um vínculo misterioso liga pecado e morte: ambos são realidades essencialmente contrárias ao desígnio de Deus sobre o homem, que não foi feito para a morte, mas para a vida. Diante de toda a expressão de morte, o Coração de Cristo comoveu-se de maneira profunda, e por amor ao Pai e dos homens, seus irmãos, fez da sua vida um “prodigioso duelo” contra a morte (Missal Romano, Sequência da Páscoa): com uma palavra restituiu a vida física a Lázaro, ao filho da viúva de Naim, à filha de Jairo; com a força do seu amor misericordioso deu de novo a vida espiritual a Zaqueu, a Maria Madalena, à adúltera e a quantos souberam reconhecer a sua presença salvadora.

 

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