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Caríssimos irmãos e irmãs, ao recitarmos com fé esta bela invocação da Ladainha do Sagrado Coração, um sentimento de confiança e de segurança difunde-se na nossa alma: Jesus é verdadeiramente a nossa paz, a nossa suprema reconciliação.
Jesus é a nossa paz. É conhecido o significado bíblico do termo “paz”: indica, em síntese, a soma dos bens que Jesus, o Messias, trouxe aos homens. Por esta razão, o dom da paz marca o início da sua missão sobre a terra, acompanha o seu desenvolvimento e constitui-lhe a coroa. “Paz” cantam os anjos junto do presépio do recém-nascido “Príncipe da Paz”. “Paz” é o desejo que brota do Coração de Cristo, comovido diante da miséria do homem no corpo ou no espírito. “Paz” é a saudação luminosa do Ressuscitado aos seus discípulos, que Ele, no momento de deixar esta terra, confia à acção do Espírito, fonte de “amor, alegria e paz”.
Jesus é, ao mesmo tempo, a nossa reconciliação. Como consequência do pecado produziu-se profunda e misteriosa ruptura entre Deus, Criador, e o homem, sua criatura. Toda a história da salvação não é outra coisa senão a exposição admirável das intervenções de Deus em favor do homem, para que este, na liberdade e no amor, a Ele retorne; para que à situação de ruptura suceda uma situação de reconciliação e de amizade, de comunhão e de paz.
No Coração de Cristo, cheio de amor pelo Pai e pelos homens, seus irmãos, realizou-se a perfeita reconciliação entre Céu e terra: “Fomos reconciliados com Deus – diz o Apóstolo – mediante a morte de seu Filho”.
Quem quiser, fazer a experiência da reconciliação e da paz, deve acolher o convite do Senhor e ir a Ele. No seu Coração encontrará paz e repouso; ali, a sua dúvida transformar-se-á em certeza; a angústia, em tranquilidade; a tristeza, em alegria; a perturbação, em serenidade. Ali há-de encontrar alívio para a dor, coragem para superar o temor, generosidade para não ceder ao desalento e para retomar o caminho da esperança.
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