Na Sagrada Escritura aparece constantemente a afirmação de que o Senhor é “um Deus que salva” e de que a salvação é um dom gratuito do seu amor e da sua misericórdia.
O apóstolo Paulo, num texto de alto valor doutrinal, afirma incisivamente: Deus “deseja que todos os homens se salvem e conheçam a verdade”.
Esta vontade salvífica, que se manifestou em tantas admiráveis intervenções de Deus na história, atingiu o seu ápice em Jesus de Nazaré, Verbo encarnado, Filho de Deus e Filho de Maria. N´Ele, com efeito, cumpriu-se plenamente a palavra dirigida pelo Senhor ao seu “Servo”: “Vou fazer de ti luz das nações, a fim de que a minha salvação chegue até aos confins da terra”.
Jesus é a epifania do amor salvífico do Pai. Quando Simeão tomou nos seus braços o Menino Jesus, exclamou: “Os meus olhos viram a Salvação”.
Em Jesus, de facto, tudo está em função da sua missão de Salvador: o nome que tem (“Jesus” significa “Deus salva”), as palavras que pronuncia, as acções que realiza, os sacramentos que institui.
Jesus tem plena consciência da missão que o Pai lhe confiou: “O Filho do Homem veio procurar e salvar o que estava perdido”. Do seu amor, isto é, do núcleo mais íntimo do seu ser, provém o empenho pela salvação do homem que O impele a subir, como manso cordeiro, ao monte Calvário, a estender os braços na cruz e a “dar a própria vida em resgate por muitos”.
No Coração de Cristo podemos, pois, depositar a nossa esperança. Esse Coração – diz a invocação – é salvação “dos que esperam n´Ele”. O Senhor mesmo que, na véspera da sua paixão, pediu aos apóstolos que tivessem confiança n´Ele - “Não se perturbe o vosso coração: Credes em Deus, crede também em Mim” - hoje pede-nos que confiemos plenamente n´Ele: Ele no-lo pede porque nos ama , porque, para a nossa salvação, teve o Coração trespassado, as mãos e os pés perfurados.
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