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O coração decide da profundidade do homem. E, em qualquer caso, indica a medida desta profundidade, tanto na experiência interior de cada um de nós, como também na comunicação inter-humana. A profundidade de Jesus Cristo, indicada com a medida do seu coração, é incomparável. Supera a profundidade de qualquer dos homens, porque não é só humana, mas também divina.
Esta divina-humana profundidade do Coração de Jesus é a profundidade das virtudes: de todas as virtudes. Como um verdadeiro homem, Jesus pronuncia a linguagem interior do seu coração mediante as virtudes. De facto, analisando a sua conduta podemos descobrir e identificar todas estas virtudes, como, historicamente, emergem do conhecimento da moral humana, tais como as virtudes cardeais (prudência, justiça, fortaleza e temperança), e as outras que delas derivam. (Estas virtudes foram possuídas em alto grau pelos santos e também sempre, com a graça divina, pelos grandes génios da humanidade).
A invocação da ladainha fala de forma muito bela de um “abismo” das virtudes de Jesus. Este abismo, esta profundidade significa um grau particular de perfeição de cada uma das virtudes e a sua força particular. Esta profundidade e força de cada virtude provêm do amor. Quanto mais todas as virtudes estiverem enraizadas no amor, tanto maior será a sua profundidade. É preciso acrescentar que, além do amor, também a humildade decide da profundidade das virtudes. Jesus disse: “Aprendi de Mim, que sou manso e humilde de coração”.
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