Ó Jesus, que lei é esta que o mundo usa agora contra Vós, declarando-Vos inocente e açoitando-Vos como réu? Ah, Senhor, é a lei do vosso amor que não conhece outra senão a que conduz ao meu maior bem.
É a mim que são devidas essas chagas fui eu que mereci essa crueldade tão terrível; e contudo, apesar de ser o culpado, vejo-me poupado, pois é sobre o vosso santíssimo corpo que caem todos os açoites e males. E o pior é que, se para meu bem lançais às vezes mão do açoite, se para alumiar a minha alma a feris com as setas da vossa luz, se me quereis aperfeiçoar com algum bem que Vos dignastes pôr em mim e que eu misturo com tanto mal, logo rompo em queixas e lamentos, caio desalentado dou-me por perdido, sem advertir que é amor próprio a buscar-se a si mesmo sob pretexto de maior bem e a fugir sempre da cruz para me levar a erros e enganos.
Perante tudo isto o que posso eu responder senão confessar diante de Vós a minha miséria e implorar o vosso remédio para ela? Em tudo me pareço comigo mesmo, em tudo me porto como sou, como criatura miserável, cheia de trevas e fraqueza. A Vós, ó fortaleza da minha alma, a Vós cumpre mostrar-Vos como sois, isto é, como Senhor omnipotente que, apenas com um só gesto, podeis mudar este pobre coração num coração semelhante ao vosso. Uma pequena gota daquele Sangue Divino, jorrado em torrentes e pisado por aqueles mesmos por quem foi derramado, pode dar-me essa constância invencível que tanto desejo.
Para a alcançar, entrego-me inteiramente a Vós; atai-me à vossa coluna; açoitai-me, atribulai-me como Vos aprouver. Não Vos fixeis na minha rebeldia, mas ponde os olhos unicamente no meu verdadeiro bem e na vossa divina glória, que triunfará da minha fraqueza. Bem vejo que não sei pedir como convém, mas falem por mim essas feridas que Vos cobrem da cabeça aos pés. Que elas me obtenham da vossa bondade infinita a graça que Vos supliquei e da qual me terei sempre por indigno, enquanto seus merecimentos e eficácia infinita não me livrarem desta minha indignidade.
Ó Jesus, que lei é esta que o mundo usa agora contra Vós, declarando-Vos inocente e açoitando-Vos como réu? Ah, Senhor, é a lei do vosso amor que não conhece outra senão a que conduz ao meu maior bem.
É a mim que são devidas essas chagas fui eu que mereci essa crueldade tão terrível; e contudo, apesar de ser o culpado, vejo-me poupado, pois é sobre o vosso santíssimo corpo que caem todos os açoites e males. E o pior é que, se para meu bem lançais às vezes mão do açoite, se para alumiar a minha alma a feris com as setas da vossa luz, se me quereis aperfeiçoar com algum bem que Vos dignastes pôr em mim e que eu misturo com tanto mal, logo rompo em queixas e lamentos, caio desalentado dou-me por perdido, sem advertir que é amor próprio a buscar-se a si mesmo sob pretexto de maior bem e a fugir sempre da cruz para me levar a erros e enganos.
Perante tudo isto o que posso eu responder senão confessar diante de Vós a minha miséria e implorar o vosso remédio para ela? Em tudo me pareço comigo mesmo, em tudo me porto como sou, como criatura miserável, cheia de trevas e fraqueza. A Vós, ó fortaleza da minha alma, a Vós cumpre mostrar-Vos como sois, isto é, como Senhor omnipotente que, apenas com um só gesto, podeis mudar este pobre coração num coração semelhante ao vosso. Uma pequena gota daquele Sangue Divino, jorrado em torrentes e pisado por aqueles mesmos por quem foi derramado, pode dar-me essa constância invencível que tanto desejo.
Para a alcançar, entrego-me inteiramente a Vós; atai-me à vossa coluna; açoitai-me, atribulai-me como Vos aprouver. Não Vos fixeis na minha rebeldia, mas ponde os olhos unicamente no meu verdadeiro bem e na vossa divina glória, que triunfará da minha fraqueza. Bem vejo que não sei pedir como convém, mas falem por mim essas feridas que Vos cobrem da cabeça aos pés. Que elas me obtenham da vossa bondade infinita a graça que Vos supliquei e da qual me terei sempre por indigno, enquanto seus merecimentos e eficácia infinita não me livrarem desta minha indignidade.