EPÍLOGO

EPÍLOGO
Eis, Ex.mo e Rev.mo Senhor Bispo, a história das aparições de
Nossa Senhora na Cova de Iria, em 1917. Sempre que por algum
motivo tinha que falar delas, procurava fazê-lo com as mínimas
palavras, na ambição de guardar, para mim só, essas partes mais
íntimas que tanto me custava manifestar. Mas, como elas são de
Deus e não minhas, e Ele, agora, por meio de V. Ex.cia Rev.ma, mas
reclama, aí vão. Restituo o que me não pertence. Advertidamente,
não reservo nada. Parece-me que devem faltar apenas alguns
pequenos detalhes referentes aos pedidos que eu fazia. Como eram
coisas meramente materiais, não lhes ligava tanta importância, e
talvez por isso se me não gravaram tão vivamente no espírito. E
depois, elas eram tantas, tantas! Devido, talvez, a preocupar-me
com a recordação das inúmeras graças que tinha para pedir a Nossa
Senhora, houve o engano de entender que a guerra acabava no
próprio dia 13 (19).
Não poucas pessoas se têm mostrado bastante admiradas
com a memória que Deus se dignou dar-me. Por uma bondade
infinita, ela é em mim bastante privilegiada, em todo o sentido. Mas,
nestas coisas sobrenaturais, não é de admirar, porque elas
gravam-se no espírito, de tal forma, que é quase impossível
esquecê-las. Pelo menos, o sentido das coisas que elas indicam
nunca se esquece, a não ser que Deus o queira também fazer
esquecer.
Eis, Ex.mo e Rev.mo Senhor Bispo, a história das aparições de
Nossa Senhora na Cova de Iria, em 1917. Sempre que por algum
motivo tinha que falar delas, procurava fazê-lo com as mínimas
palavras, na ambição de guardar, para mim só, essas partes mais
íntimas que tanto me custava manifestar. Mas, como elas são de
Deus e não minhas, e Ele, agora, por meio de V. Ex.cia Rev.ma, mas
reclama, aí vão. Restituo o que me não pertence. Advertidamente,
não reservo nada. Parece-me que devem faltar apenas alguns
pequenos detalhes referentes aos pedidos que eu fazia. Como eram
coisas meramente materiais, não lhes ligava tanta importância, e
talvez por isso se me não gravaram tão vivamente no espírito. E
depois, elas eram tantas, tantas! Devido, talvez, a preocupar-me
com a recordação das inúmeras graças que tinha para pedir a Nossa
Senhora, houve o engano de entender que a guerra acabava no
próprio dia 13 (19).
Não poucas pessoas se têm mostrado bastante admiradas
com a memória que Deus se dignou dar-me. Por uma bondade
infinita, ela é em mim bastante privilegiada, em todo o sentido. Mas,
nestas coisas sobrenaturais, não é de admirar, porque elas
gravam-se no espírito, de tal forma, que é quase impossível
esquecê-las. Pelo menos, o sentido das coisas que elas indicam
nunca se esquece, a não ser que Deus o queira também fazer
esquecer.
 
(19) Lúcia não afirmou categoricamente que a guerra terminaria no mesmo dia; foi
induzida a isso pelas muitas e insistentes perguntas que lhe faziam.