ESTA DEVOÇÃO ENTREGA-NOS INTEIRAMENTE AO SERVIÇO DE DEUS Cap. 135 a 138

ESTA DEVOÇÃO ENTREGA-NOS INTEIRAMENTE AO SERVIÇO DE DEUS Cap. 135 a 138

ARTIGO 1

135. Primeiro motivo, que nos mostra a excelência desta consagração de si próprio a Jesus Cristo, por intermédio de Maria. 
Se não é possível conceber na Terra emprego mais alto do que o serviço de Deus; se o menor servidor de Deus é mais rico, mais poderoso e mais nobre do que todos os reis e imperadores da Terra, se estes não são servos de Deus, quais serão as riquezas, o poder e a dignidade do fiel e perfeito servo de Deus, que se tiver consagrado ao Seu serviço, inteiramente e sem reserva, tanto quanto está nas suas mãos? Tal é o fiel e amoroso escravo de Jesus e de Maria, que se entregou todo ao serviço deste Rei dos Reis, pelas mãos de Sua santa Mãe, nada reservando para si: todo o ouro da Terra e todas as belezas dos Céus não o podem pagar.
136. As outras congregações, associações e confrarias erigidas em honra de Nosso Senhor e de Sua santa Mãe, que tão grande bem fazem no Cristianismo, não obrigam a dar tudo, sem reserva; não prescrevem aos seus associados senão certas práticas e ações para satisfazer as suas obrigações; deixam-nos livres quanto às outras ações e ao outro tempo de vida deles. No entanto, esta devoção de que estamos a falar faz ceder sem reserva, a Jesus e a Maria, todos os pensamentos, palavras, ações e sofrimentos e todo o tempo de vida: de modo que, quer durma, quer vele, quer coma ou beba, realize grandes ou pequenas coisas, seja sempre verdade dizer que aquilo que faz, embora nisso não pense, pertence a Jesus e a Maria por virtude do seu oferecimento, a não ser que expressamente o retrate. Que grande consolação. 
137. Além disso, como já disse, não há nenhuma outra prática, como esta, pela qual nos possamos desfazer  facilmente de certo sentido de propriedade que se esconde, impercetivelmente, nas nossas melhores ações; e Jesus dá esta graça como recompensa da ação heroica e desinteressada que se faz, fazendo-lhe, por intermédio de Maria, cessação de todo o valor das próprias boas obras. Se Ele dá cem por um, mesmo neste mundo, àqueles que, por Seu amor, deixam os bens exteriores, temporais e caducos, qual será o prémio que dará àquele que Lhe sacrificar até os seus bens interiores e espirituais!
138. Jesus, nosso grande amigo, entregou-Se-nos, sem reserva, corpo e alma, virtudes, graças e méritos; Se toto me comparavit, diz São Bernardo: «Ganhou-me todo inteiro, dando-Se inteiramente a mim»; não será de toda a justiça e de reconhecimento que Lhe demos tudo o que podemos dar? Ele foi, primeiro, liberal para connosco; sejamos nós depois e senti-l´O-emos, na nossa vida, na nossa morte e durante toda a eternidade, ainda mais liberal: Cum liberali liberdalis erit.135. Primeiro motivo, que nos mostra a excelência desta consagração de si próprio a Jesus Cristo, por intermédio de Maria. 
135. Primeiro motivo, que nos mostra a excelência desta consagração de si próprio a Jesus Cristo, por intermédio de Maria. 
Se não é possível conceber na Terra emprego mais alto do que o serviço de Deus; se o menor servidor de Deus é mais rico, mais poderoso e mais nobre do que todos os reis e imperadores da Terra, se estes não são servos de Deus, quais serão as riquezas, o poder e a dignidade do fiel e perfeito servo de Deus, que se tiver consagrado ao Seu serviço, inteiramente e sem reserva, tanto quanto está nas suas mãos? Tal é o fiel e amoroso escravo de Jesus e de Maria, que se entregou todo ao serviço deste Rei dos Reis, pelas mãos de Sua santa Mãe, nada reservando para si: todo o ouro da Terra e todas as belezas dos Céus não o podem pagar.
 
136. As outras congregações, associações e confrarias erigidas em honra de Nosso Senhor e de Sua santa Mãe, que tão grande bem fazem no Cristianismo, não obrigam a dar tudo, sem reserva; não prescrevem aos seus associados senão certas práticas e ações para satisfazer as suas obrigações; deixam-nos livres quanto às outras ações e ao outro tempo de vida deles. No entanto, esta devoção de que estamos a falar faz ceder sem reserva, a Jesus e a Maria, todos os pensamentos, palavras, ações e sofrimentos e todo o tempo de vida: de modo que, quer durma, quer vele, quer coma ou beba, realize grandes ou pequenas coisas, seja sempre verdade dizer que aquilo que faz, embora nisso não pense, pertence a Jesus e a Maria por virtude do seu oferecimento, a não ser que expressamente o retrate. Que grande consolação. 
 
137. Além disso, como já disse, não há nenhuma outra prática, como esta, pela qual nos possamos desfazer  facilmente de certo sentido de propriedade que se esconde, impercetivelmente, nas nossas melhores ações; e Jesus dá esta graça como recompensa da ação heroica e desinteressada que se faz, fazendo-lhe, por intermédio de Maria, cessação de todo o valor das próprias boas obras. Se Ele dá cem por um, mesmo neste mundo, àqueles que, por Seu amor, deixam os bens exteriores, temporais e caducos, qual será o prémio que dará àquele que Lhe sacrificar até os seus bens interiores e espirituais!
 
138. Jesus, nosso grande amigo, entregou-Se-nos, sem reserva, corpo e alma, virtudes, graças e méritos; Se toto me comparavit, diz São Bernardo: «Ganhou-me todo inteiro, dando-Se inteiramente a mim»; não será de toda a justiça e de reconhecimento que Lhe demos tudo o que podemos dar? Ele foi, primeiro, liberal para connosco; sejamos nós depois e senti-l´O-emos, na nossa vida, na nossa morte e durante toda a eternidade, ainda mais liberal: Cum liberali liberdalis erit.