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ARTIGO III
|. Maria dá-se aos seus escravos de amor
144. Terceiro motivo - A Virgem Santíssima, Mãe de doçura e misericórdia, que nunca se deixa vencer em amor e liberdade, vendo que nos entregamos inteiramente para a honrar e servir, despojando-nos de tudo o que nos é caro para a enriquecer, dá-se também inteiramente e de modo inefável àquele que assim lhe dá tudo quanto tem. Afunda-o no abismo das graças; adorna-o dos seus méritos; apoia-o no seu poder; ilumina-o com a sua luz; abrasa-o no seu amor; comunica-lhe as suas virtudes: a sua humildade, a sua pureza, etc., dá-nos a sua caução, o seu suprimento e valimento junto de Deus. Numa palavra, sendo tais devotos inteiramente consagrados a Maria, esta boa Mãe consagra-se inteiramente a eles; de modo que se pode dizer destes perfeitos servos e filhos de Maria o que São João Evangelista diz de si próprio, que tornou a Virgem Santíssima como sua: Accepit eam discipulus in sua.
145. Isto produz na alma, se é fiel, uma grande desconfiança, desprezo e ódio próprios e uma grande confiança nesta boa Senhora e Mãe. Tais almas não depositam, como antes, confiança nas suas boas intenções, méritos, virtudes e boas obras, porque todas se entregaram a Jesus por intermédio de Maria e não têm, por conseguinte, outro tesouro ou outros bens senão o tesouro de Maria.
Isto permite-lhes aproximarem-se de Nosso Senhor sem temor servil ou escrupuloso, suplicando com muita confiança; isto permite-lhes terem os sentimentos do devoto e santo padre Rupert, que, fazendo alusão à vitória que Jacob teve sobr o anjo, diz à Santíssima Virgem estas belas palavras: «O Senhora minha, Maria, Mãe imaculada de um Deus homem, Jesus Cristo, eu quero lutar com este homem, quer dizer, o Verbo divino, armado não com os meus, mas com os vossos méritos.» O Domina, Dei Genitrix, Maria est incorrupta Mater Dei et hominis, non meis, sed tuis armatus meritis, cum isto Viro, scilicet Verbo Dei, luctari cupio (Rup. Prol. in Cantic.).
Oh! Como se é poderoso e forte junto de Jesus, quando se está armado dos méritos e intercessão da Mãe de Deus, que, no dizer de Santo Agostinho, amorosamente venceu o Omnipotente!
|. Maria dá-se aos seus escravos de amor
144. Terceiro motivo - A Virgem Santíssima, Mãe de doçura e misericórdia, que nunca se deixa vencer em amor e liberdade, vendo que nos entregamos inteiramente para a honrar e servir, despojando-nos de tudo o que nos é caro para a enriquecer, dá-se também inteiramente e de modo inefável àquele que assim lhe dá tudo quanto tem. Afunda-o no abismo das graças; adorna-o dos seus méritos; apoia-o no seu poder; ilumina-o com a sua luz; abrasa-o no seu amor; comunica-lhe as suas virtudes: a sua humildade, a sua pureza, etc., dá-nos a sua caução, o seu suprimento e valimento junto de Deus. Numa palavra, sendo tais devotos inteiramente consagrados a Maria, esta boa Mãe consagra-se inteiramente a eles; de modo que se pode dizer destes perfeitos servos e filhos de Maria o que São João Evangelista diz de si próprio, que tornou a Virgem Santíssima como sua: Accepit eam discipulus in sua.
145. Isto produz na alma, se é fiel, uma grande desconfiança, desprezo e ódio próprios e uma grande confiança nesta boa Senhora e Mãe. Tais almas não depositam, como antes, confiança nas suas boas intenções, méritos, virtudes e boas obras, porque todas se entregaram a Jesus por intermédio de Maria e não têm, por conseguinte, outro tesouro ou outros bens senão o tesouro de Maria.
Isto permite-lhes aproximarem-se de Nosso Senhor sem temor servil ou escrupuloso, suplicando com muita confiança; isto permite-lhes terem os sentimentos do devoto e santo padre Rupert, que, fazendo alusão à vitória que Jacob teve sobr o anjo, diz à Santíssima Virgem estas belas palavras: «O Senhora minha, Maria, Mãe imaculada de um Deus homem, Jesus Cristo, eu quero lutar com este homem, quer dizer, o Verbo divino, armado não com os meus, mas com os vossos méritos.» O Domina, Dei Genitrix, Maria est incorrupta Mater Dei et hominis, non meis, sed tuis armatus meritis, cum isto Viro, scilicet Verbo Dei, luctari cupio (Rup. Prol. in Cantic.).
Oh! Como se é poderoso e forte junto de Jesus, quando se está armado dos méritos e intercessão da Mãe de Deus, que, no dizer de Santo Agostinho, amorosamente venceu o Omnipotente!