261. É preciso fazer todas as nossas ações em Maria.
Para bem compreender esta prática é necessário saber: 1.º) Que a Virgem Santíssima é o verdadeiro paraíso terrestre do novo Adão, de que o paraíso antigo foi apenas a figura. Há, por consequência, neste paraíso terrestre riquezas, belezas, raridades e doçuras inexplicáveis, que nele deixou o novo Adão, Jesus Cristo. Foi neste paraíso que Ele fez as Suas complacências durante nove meses e nele operou maravilhas, com a riqueza e magnificência de um Deus. Este santo lugar é composto por terra virgem e imaculada e dele se formou e alimentou o novo Adão, sem nenhuma mancha ou pecado, pela operação do Espírito Santo, que nela habita.
É neste paraíso terrestre que se encontra a verdadeira árvore da vida que nos deu Jesus Cristo, fruto da vida; a árvore da ciência do bem e do mal, que deu luz ao mundo. Há, neste lugar divino, árvores plantadas por Deus e regadas pela Sua ação divina, que deram e dão todos os dias frutos de um gosto divino; há canteiros variegados de belas e diferentes flores de virtude, que espalham tal perfume que inebria os próprios anjos. Há neste lugar prados verdes de esperança, torres invencíveis de fortaleza, casas encantadoras de confiança, etc. Só o Espírito Santo é capaz de fazer conhecer a verdade oculta sob estas figuras de coisas materiais. Há neste lugar um ar puro, sem infeção; o belo dia, sem noite, da humanidade santa; o belo sol, sem sombras, da divindade; uma fornalha ardente e contínua de caridade, onde o ferro que lá entra se abrasa e é transformado em ouro; há um rio de humildade que surge da terra e que, dividindo-se em quatro, rega todo este lugar encantado; são as quatro virtudes cardeais.
262. 2.º) O Espírito Santo, pela boca dos santos padres, chama também à Santíssima Virgem: 1.º) a porta oriental, por onde o grande sacerdote, Jesus Cristo, entra e sai do mundo; entrou a primeira vez por ela e voltará a segunda; 2.º) o santuário da divindade, o repouso da Santíssima Trindade, o trono de Deus, o mundo de Deus. Todos estes diferentes epítetos e louvores são verdadeiros, relativamente às diferentes maravilhas e graças que o Altíssimo fez em Maria. Que riquezas! Que glória! Que prazer! Que felicidade poder entrar e permanecer em Maria, onde o Altíssimo colocou o trono da Sua suprema glória!
263. No entanto, é difícil para os pecadores como nós ter a permissão e a capacidade e a luz para entrar num lugar tão alto e tão santo, que está guardado, não por um querubim, como o antigo paraíso terrestre, mas pelo próprio Espírito Santo, que Se tornou Senhor absoluto dele e dele diz: Hortus conclusus soror mea sponsa, hortus conclusus, fons signatus. Maria é um paraíso fechado, selado; os miseráveis filhos de Adão e Eva, expulsos do paraíso terrestre, não podem entrar neste paraíso senão por uma graça especial do Espírito Santo, graça que têm de merecer.
264. Depois de, pela sua fidelidade, terem merecido esta insigne graça, é preciso permanecer no belo interior de Maria, com complacência, lá repousar em paz, apoiar-se com confiança, esconder-se com segurança e perder-se sem reserva, para que neste seio virginal: 1.º) a alma seja alimentada do deleite da graça e da sua misericórdia maternal; 2.º) seja liberta das suas perturbações, temores e escrúpulos: 3.º) lá esteja em segurança contra todos os seus inimigos, o demónio, o mundo e o pecado, que nunca lá conseguiram entrar; por isso, ela diz que aqueles que operarem nela não pecarão: Quit operantur in me non peccaabunt; quer dizer que aqueles que permanecem na Santíssima Virgem em espírito, não cairão em pecado importante; 4.º) seja formada em Jesus e Jesus nela: porque o seio da Virgem é, como dizem os santos padres, a sala dos sacramentos divinos, onde Jesus e todos os eleitos são formados: Homo et homo natus est in ea.
261. É preciso fazer todas as nossas ações em Maria.
Para bem compreender esta prática é necessário saber: 1.º) Que a Virgem Santíssima é o verdadeiro paraíso terrestre do novo Adão, de que o paraíso antigo foi apenas a figura. Há, por consequência, neste paraíso terrestre riquezas, belezas, raridades e doçuras inexplicáveis, que nele deixou o novo Adão, Jesus Cristo. Foi neste paraíso que Ele fez as Suas complacências durante nove meses e nele operou maravilhas, com a riqueza e magnificência de um Deus. Este santo lugar é composto por terra virgem e imaculada e dele se formou e alimentou o novo Adão, sem nenhuma mancha ou pecado, pela operação do Espírito Santo, que nela habita.
É neste paraíso terrestre que se encontra a verdadeira árvore da vida que nos deu Jesus Cristo, fruto da vida; a árvore da ciência do bem e do mal, que deu luz ao mundo. Há, neste lugar divino, árvores plantadas por Deus e regadas pela Sua ação divina, que deram e dão todos os dias frutos de um gosto divino; há canteiros variegados de belas e diferentes flores de virtude, que espalham tal perfume que inebria os próprios anjos. Há neste lugar prados verdes de esperança, torres invencíveis de fortaleza, casas encantadoras de confiança, etc. Só o Espírito Santo é capaz de fazer conhecer a verdade oculta sob estas figuras de coisas materiais. Há neste lugar um ar puro, sem infeção; o belo dia, sem noite, da humanidade santa; o belo sol, sem sombras, da divindade; uma fornalha ardente e contínua de caridade, onde o ferro que lá entra se abrasa e é transformado em ouro; há um rio de humildade que surge da terra e que, dividindo-se em quatro, rega todo este lugar encantado; são as quatro virtudes cardeais.
262. 2.º) O Espírito Santo, pela boca dos santos padres, chama também à Santíssima Virgem: 1.º) a porta oriental, por onde o grande sacerdote, Jesus Cristo, entra e sai do mundo; entrou a primeira vez por ela e voltará a segunda; 2.º) o santuário da divindade, o repouso da Santíssima Trindade, o trono de Deus, o mundo de Deus. Todos estes diferentes epítetos e louvores são verdadeiros, relativamente às diferentes maravilhas e graças que o Altíssimo fez em Maria. Que riquezas! Que glória! Que prazer! Que felicidade poder entrar e permanecer em Maria, onde o Altíssimo colocou o trono da Sua suprema glória!
263. No entanto, é difícil para os pecadores como nós ter a permissão e a capacidade e a luz para entrar num lugar tão alto e tão santo, que está guardado, não por um querubim, como o antigo paraíso terrestre, mas pelo próprio Espírito Santo, que Se tornou Senhor absoluto dele e dele diz: Hortus conclusus soror mea sponsa, hortus conclusus, fons signatus. Maria é um paraíso fechado, selado; os miseráveis filhos de Adão e Eva, expulsos do paraíso terrestre, não podem entrar neste paraíso senão por uma graça especial do Espírito Santo, graça que têm de merecer.
264. Depois de, pela sua fidelidade, terem merecido esta insigne graça, é preciso permanecer no belo interior de Maria, com complacência, lá repousar em paz, apoiar-se com confiança, esconder-se com segurança e perder-se sem reserva, para que neste seio virginal: 1.º) a alma seja alimentada do deleite da graça e da sua misericórdia maternal; 2.º) seja liberta das suas perturbações, temores e escrúpulos: 3.º) lá esteja em segurança contra todos os seus inimigos, o demónio, o mundo e o pecado, que nunca lá conseguiram entrar; por isso, ela diz que aqueles que operarem nela não pecarão: Quit operantur in me non peccaabunt; quer dizer que aqueles que permanecem na Santíssima Virgem em espírito, não cairão em pecado importante; 4.º) seja formada em Jesus e Jesus nela: porque o seio da Virgem é, como dizem os santos padres, a sala dos sacramentos divinos, onde Jesus e todos os eleitos são formados: Homo et homo natus est in ea.