FAZER TUDO POR MARIA Cap. 258 a 259

FAZER TUDO POR MARIA Cap. 258 a 259
258. Devemos fazer as nossas ações por Maria, quer dizer que essas almas devem obedecer em tudo à Santíssima Virgem, devem ser levadas em todas as coisas pelo seu espírito, que é o Espírito Santo de Deus. Aqueles que são conduzidos pelo espírito de Deus são filhos de Deus: Qui spiritu Dei aguntur, ii sunt filii Dei. Aqueles que são conduzidos pelo espírito de Maria são filhos de Maria e, por consequência, filhos de Deus, como já provamos e entre tantos devotos da Virgem Santíssima só são verdadeiros devotos aqueles que se deixam conduzir pelo seu espírito. Já disse que o espírito de Maria era o espírito de Deus, porque ela nunca se deixou conduzir pelo próprio espírito, mas sempre pelo espírito de Deus, que a dominou a ponto de se tornar o seu próprio espírito. Por isso, Santo Ambrósio diz: Sit in singulis, etc..: «Que a alma de Maria esteja em cada um de nós para glorificar o Senhor; que o espírito de Maria esteja em cada um de nós para se alegrar em Deus». Que feliz é uma alma quando, a exemplo daquele irmão jesuíta, chamado Rodrigues, morto em odor de santidade, é totalmente possuída e governada por Maria, pelo seu espírito, que é espírito doce e forte, zeloso e prudente, humilde e corajoso, puro e fecundo!
259. Para que a alma se deixe conduzir por este espírito de Maria é necessário: 1.º) Renunciar ao próprio espírito, às próprias luzes e vontades antes de fazer qualquer coisa, por exemplo: antes da oração, de dizer ou ouvir a Missa, de comungar, etc; porque as trevas do nosso espírito e a malícia da nossa vontade e obras, se as seguimos, embora nos pareçam boas, põem obstáculos ao santo espírito de Maria, para que nos mova e conduza da maneira que quiser. É preciso colocar-se e ficar entre as mãos virginais de Maria, como ferramenta nas mãos do operário, como instrumento nas mãos de um bom músico. É preciso perder-se, abandonar-se a Maria, como pedra que se lança ao mar: o que se faz simplesmente, num instante, por um só olhar de espírito, por um pequeno movimento da vontade, ou verbalmente, dizendo por exemplo: «Renuncio a mim, dou-me a vós, querida Mãe». Embora não se sinta nenhuma doçura sensível neste ato de união, ele não deixa de ser verdadeiro, tal como se alguém dissesse, o que Deus não queira, «Entrego-me ao demónio», com sinceridade, embora sem nenhum efeito sensível, não se teria entregado menos ao demónio. 
2.º) É preciso, de tempos a tempos, durante a ação e depois da ação, renovar o mesmo ato de oferta e união; quanto mais isto se fizer, tanto mais depressa se chegará à união com Jesus Cristo, que segue sempre necessariamente a união com Maria, pois o espírito de Maria é o espírito de Jesus. 
258. Devemos fazer as nossas ações por Maria, quer dizer que essas almas devem obedecer em tudo à Santíssima Virgem, devem ser levadas em todas as coisas pelo seu espírito, que é o Espírito Santo de Deus. Aqueles que são conduzidos pelo espírito de Deus são filhos de Deus: Qui spiritu Dei aguntur, ii sunt filii Dei. Aqueles que são conduzidos pelo espírito de Maria são filhos de Maria e, por consequência, filhos de Deus, como já provamos e entre tantos devotos da Virgem Santíssima só são verdadeiros devotos aqueles que se deixam conduzir pelo seu espírito. Já disse que o espírito de Maria era o espírito de Deus, porque ela nunca se deixou conduzir pelo próprio espírito, mas sempre pelo espírito de Deus, que a dominou a ponto de se tornar o seu próprio espírito. Por isso, Santo Ambrósio diz: Sit in singulis, etc..: «Que a alma de Maria esteja em cada um de nós para glorificar o Senhor; que o espírito de Maria esteja em cada um de nós para se alegrar em Deus». Que feliz é uma alma quando, a exemplo daquele irmão jesuíta, chamado Rodrigues, morto em odor de santidade, é totalmente possuída e governada por Maria, pelo seu espírito, que é espírito doce e forte, zeloso e prudente, humilde e corajoso, puro e fecundo!
 
259. Para que a alma se deixe conduzir por este espírito de Maria é necessário: 1.º) Renunciar ao próprio espírito, às próprias luzes e vontades antes de fazer qualquer coisa, por exemplo: antes da oração, de dizer ou ouvir a Missa, de comungar, etc; porque as trevas do nosso espírito e a malícia da nossa vontade e obras, se as seguimos, embora nos pareçam boas, põem obstáculos ao santo espírito de Maria, para que nos mova e conduza da maneira que quiser. É preciso colocar-se e ficar entre as mãos virginais de Maria, como ferramenta nas mãos do operário, como instrumento nas mãos de um bom músico. É preciso perder-se, abandonar-se a Maria, como pedra que se lança ao mar: o que se faz simplesmente, num instante, por um só olhar de espírito, por um pequeno movimento da vontade, ou verbalmente, dizendo por exemplo: «Renuncio a mim, dou-me a vós, querida Mãe». Embora não se sinta nenhuma doçura sensível neste ato de união, ele não deixa de ser verdadeiro, tal como se alguém dissesse, o que Deus não queira, «Entrego-me ao demónio», com sinceridade, embora sem nenhum efeito sensível, não se teria entregado menos ao demónio. 
 
2.º) É preciso, de tempos a tempos, durante a ação e depois da ação, renovar o mesmo ato de oferta e união; quanto mais isto se fizer, tanto mais depressa se chegará à união com Jesus Cristo, que segue sempre necessariamente a união com Maria, pois o espírito de Maria é o espírito de Jesus.