INTRODUÇÃO

INTRODUÇÃO
Não é certamente o primeiro escrito de Lúcia; mas sim o seu primeiro escrito extenso. Antes dele, temos cartas, muitas cartas, interrogatórios, relatos, etc. Mas, agora, encontramo-nos diante dum documento extenso e importante.
Se Lúcia nunca escreveu por vontade própria, como nasceu este
documento?
No dia 12 de Setembro de 1935 eram trasladados, do cemitério de
Vila Nova de Ourém para o de Fátima, os restos mortais de Jacinta.
Nesta ocasião, tiraram-se diversas fotografias ao cadáver; algumas delas foram enviadas pelo Sr. Bispo à Irmã Lúcia que, então, se encontrava
em Pontevedra. Agradecendo essa lembrança, com data de 17 de Novembro de 1935, entre outras coisas, Lúcia dizia: «Agradeço reconhecidíssima as fotografias. Quanto as estimo, não posso dizer. Em especial
à de Jacinta eu queria, mesmo à fotografia, tirar aqueles panos que a
cobrem, para vê-la toda; estava como numa impaciência de descobrir o
rosto do cadáver, sem me dar conta de que era um retrato; estava meio
abstracta, tal era a minha alegria de voltar a ver a mais íntima amiga de
criança. Tenho esperança de que o Senhor, para glória da Santíssima
Virgem, lhe concederá a auréola da santidade. Ela era criança só de
anos. No demais, sabia já praticar a virtude e mostrar a Deus e à
Santíssima Virgem o seu amor, pela prática do sacrifício...»
Estas recordações tão vivas de Lúcia sobre a sua primita Jacinta
induziram o Sr. Bispo a mandar-lhe escrever tudo o que se recordasse
dela. E, com efeito, o escrito, começado na segunda semana de Dezembro, estava terminado no dia de Natal de 1935. Quer dizer, em menos de
quinze dias, Lúcia redigia este escrito que conserva uma unidade perfeita e faz um retrato de Jacinta, em que o seu íntimo fica iluminado com
essa luz de Fátima, que é o Coração Imaculado de Maria.
O conteúdo deste escrito dá-nos, sobretudo, um retrato de Jacinta,
tirado das recordações de Lúcia. A finalidade dele não era, portanto, dar-
-nos uma «história» das Aparições. Estas aparecem como uma moldura
necessária, em que se destaca a figura de Jacinta.
O estilo é sempre simples e familiar; e até, diríamos, em certas ocasiões, «infantil», porque o ambiente e o assunto assim o exigiam. Lúcia
nunca perdeu o sentido realista das coisas que tratava.
Não é certamente o primeiro escrito de Lúcia; mas sim o seu primeiro escrito extenso. Antes dele, temos cartas, muitas cartas, interrogatórios, relatos, etc. Mas, agora, encontramo-nos diante dum documento extenso e importante.
Se Lúcia nunca escreveu por vontade própria, como nasceu este
documento?
 
No dia 12 de Setembro de 1935 eram trasladados, do cemitério de
Vila Nova de Ourém para o de Fátima, os restos mortais de Jacinta.
Nesta ocasião, tiraram-se diversas fotografias ao cadáver; algumas delas foram enviadas pelo Sr. Bispo à Irmã Lúcia que, então, se encontrava
em Pontevedra. Agradecendo essa lembrança, com data de 17 de Novembro de 1935, entre outras coisas, Lúcia dizia: «Agradeço reconhecidíssima as fotografias. Quanto as estimo, não posso dizer. Em especial
à de Jacinta eu queria, mesmo à fotografia, tirar aqueles panos que a
cobrem, para vê-la toda; estava como numa impaciência de descobrir o
rosto do cadáver, sem me dar conta de que era um retrato; estava meio
abstracta, tal era a minha alegria de voltar a ver a mais íntima amiga de
criança. Tenho esperança de que o Senhor, para glória da Santíssima
Virgem, lhe concederá a auréola da santidade. Ela era criança só de
anos. No demais, sabia já praticar a virtude e mostrar a Deus e à
Santíssima Virgem o seu amor, pela prática do sacrifício...»
 
Estas recordações tão vivas de Lúcia sobre a sua primita Jacinta
induziram o Sr. Bispo a mandar-lhe escrever tudo o que se recordasse
dela. E, com efeito, o escrito, começado na segunda semana de Dezembro, estava terminado no dia de Natal de 1935. Quer dizer, em menos de quinze dias, Lúcia redigia este escrito que conserva uma unidade perfeita e faz um retrato de Jacinta, em que o seu íntimo fica iluminado com
essa luz de Fátima, que é o Coração Imaculado de Maria.
O conteúdo deste escrito dá-nos, sobretudo, um retrato de Jacinta,
tirado das recordações de Lúcia. A finalidade dele não era, portanto, dar-
-nos uma «história» das Aparições. Estas aparecem como uma moldura
necessária, em que se destaca a figura de Jacinta.
 
O estilo é sempre simples e familiar; e até, diríamos, em certas ocasiões, «infantil», porque o ambiente e o assunto assim o exigiam. Lúcia
nunca perdeu o sentido realista das coisas que tratava.