INTRODUÇÃO

INTRODUÇÃO
As duas memórias anteriores, como vimos, tiveram, como motivo
ocasional, umas insinuações do Sr . Bispo de Leiria e do P. Fonseca.
Ainda desta vez, Lúcia não escreve por iniciativa própria. A ocasião
apresentou-se assim: O livro «Jacinta», de Maio a Outubro de 1938, tivera duas edições. Aproximando-se o ano jubilar de 1942, pensou-se numa
nova edição; para isso, uma vez mais se pensou que Lúcia podia contribuir de um modo definitivo.
O Sr. D. José anunciava a Lúcia uma visita do Dr. Galamba, para
que este lhe fizesse mais algumas perguntas sobre a vida de Jacinta.
Lúcia sente interiormente que, para explicar o que se passara com a vida
espiritual de Jacinta, era necessário descobrir já as duas primeiras partes do segredo de Julho de 1917. Por isso, antes de completar os relatos
das suas recordações sobre Jacinta, crê ser necessário redigir o referente a esses duas primeiras partes.
O Dr. Galamba não chegou a encontrar-se, nesta ocasião, com Lúcia.
Esta, porém, desde fins de Julho – data em que recebe a ordem do Sr.
Bispo – , pensa já na redacção. Termina-a em 31 de Agosto. Imediatamente envia o escrito ao Sr. Bispo de Leiria. Além do que a Irmã Lúcia
diz no prólogo deste escrito, é conveniente reproduzir aqui o que escreve
em carta para o P. Gonçalves: «O Sr. Bispo escreveu-me anunciando-me
um interrogatório do Dr. Galamba e mandou-me recordar tudo mais que
me possa lembrar que tenha relação com a Jacinta, para uma nova edição
que querem imprimir. Esta ordem caiu-me no fundo da alma como um
raio de luz, dizendo-me que era chegado o momento de revelar as duas
primeiras partes do segredo e acrescentar à nova edição dois capítulos:
um sobre o inferno, outro sobre o Imaculado Coração de Maria. Mas a
repugnância em manifestá-lo faz-me duvidar. Os apontamentos estão
tirados, mas duvido se os entrego ou se, antes, os meto no fogão. Não
sei o que farei».
O «espírito» pois, com que a Irmã Lúcia escreve esta Memória é o
mesmo que nas anteriores: por um lado, uma imensa repugnância; por
outro, uma obediência intocável, segura de que «aí vai a Sua glória e o
bem das almas».
As duas memórias anteriores, como vimos, tiveram, como motivo
ocasional, umas insinuações do Sr . Bispo de Leiria e do P. Fonseca.
Ainda desta vez, Lúcia não escreve por iniciativa própria. A ocasião
apresentou-se assim: O livro «Jacinta», de Maio a Outubro de 1938, tivera duas edições. Aproximando-se o ano jubilar de 1942, pensou-se numa
nova edição; para isso, uma vez mais se pensou que Lúcia podia contribuir de um modo definitivo.
O Sr. D. José anunciava a Lúcia uma visita do Dr. Galamba, para
que este lhe fizesse mais algumas perguntas sobre a vida de Jacinta.
Lúcia sente interiormente que, para explicar o que se passara com a vida
espiritual de Jacinta, era necessário descobrir já as duas primeiras partes do segredo de Julho de 1917. Por isso, antes de completar os relatos
das suas recordações sobre Jacinta, crê ser necessário redigir o referente a esses duas primeiras partes.
O Dr. Galamba não chegou a encontrar-se, nesta ocasião, com Lúcia.
Esta, porém, desde fins de Julho – data em que recebe a ordem do Sr.
Bispo – , pensa já na redacção. Termina-a em 31 de Agosto. Imediatamente envia o escrito ao Sr. Bispo de Leiria. Além do que a Irmã Lúcia
diz no prólogo deste escrito, é conveniente reproduzir aqui o que escreve
em carta para o P. Gonçalves: «O Sr. Bispo escreveu-me anunciando-me
um interrogatório do Dr. Galamba e mandou-me recordar tudo mais que
me possa lembrar que tenha relação com a Jacinta, para uma nova edição
que querem imprimir. Esta ordem caiu-me no fundo da alma como um
raio de luz, dizendo-me que era chegado o momento de revelar as duas
primeiras partes do segredo e acrescentar à nova edição dois capítulos:
um sobre o inferno, outro sobre o Imaculado Coração de Maria. Mas a
repugnância em manifestá-lo faz-me duvidar. Os apontamentos estão
tirados, mas duvido se os entrego ou se, antes, os meto no fogão. Não
sei o que farei».
O «espírito» pois, com que a Irmã Lúcia escreve esta Memória é o
mesmo que nas anteriores: por um lado, uma imensa repugnância; por
outro, uma obediência intocável, segura de que «aí vai a Sua glória e o
bem das almas».