J. M. J.
Vontade de Deus, tu és o meu Paraíso! (1)
Ex.mo e Rev.mo Senhor Bispo
Aqui estou, com a pena na mão, para fazer a vontade do meu
Deus; e porque não é outro o meu fim, começo com a máxima que
a minha santa Fundadora me deixou em herança e que eu, no
decorrer deste escrito, à sua imitação, repetirei muitas vezes:
vontade de Deus, tu és o meu paraíso! Deixai-me, Ex.mo Senhor,
penetrar-me bem de todo o sentido desta máxima, para que, nos
momentos em que a repugnância ou o amor ao meu segredo me
quiser fazer deixar ainda alguma coisa oculta, ela seja a minha
norma e a minha guia.
Tinha vontade de perguntar para que irá servir este escrito
feito por mim, que nem sequer a caligrafia sei fazer capazmente
(2 ). Mas não pergunto nada. Sei que a perfeição da obediência não
pergunta razões. Bastam-me as palavras de V. Ex.cia Rev.ma, que
me dizem que é para glória da Nossa Santíssima Mãe do Céu. Na
certeza, pois, de que assim seja, imploro a bênção e a protecção
do Seu Coração Imaculado; e humildemente prostrada a Seus pés,
sirvo-me das Suas santíssimas palavras para falar ao meu Deus:
– Eis aqui a última das Vossas escravas, ó meu Deus, que
numa plena submissão à Vossa vontade santíssima, vem rasgar o
véu do seu segredo e deixar ver a história de Fátima tal qual ela é.
Não terei mais o gosto de saborear só contigo os segredos do Teu
amor; mas, para o futuro, outros cantarão comigo as grandezas da Tua misericórdia!
( 1) Trata-se da frase da fundadora da Congregação de Santa Doroteia, Santa
Paula Frassinetti.
(2) A ortografia é, por vezes, imperfeita, mas isso não atinge a clareza nem o
nível de estilo dos seus escritos.
J. M. J.
Vontade de Deus, tu és o meu Paraíso! (1)
Ex.mo e Rev.mo Senhor Bispo
Aqui estou, com a pena na mão, para fazer a vontade do meu
Deus; e porque não é outro o meu fim, começo com a máxima que
a minha santa Fundadora me deixou em herança e que eu, no
decorrer deste escrito, à sua imitação, repetirei muitas vezes:
vontade de Deus, tu és o meu paraíso! Deixai-me, Ex.mo Senhor,
penetrar-me bem de todo o sentido desta máxima, para que, nos
momentos em que a repugnância ou o amor ao meu segredo me
quiser fazer deixar ainda alguma coisa oculta, ela seja a minha
norma e a minha guia.
Tinha vontade de perguntar para que irá servir este escrito
feito por mim, que nem sequer a caligrafia sei fazer capazmente
(2 ). Mas não pergunto nada. Sei que a perfeição da obediência não
pergunta razões. Bastam-me as palavras de V. Ex.cia Rev.ma, que
me dizem que é para glória da Nossa Santíssima Mãe do Céu. Na
certeza, pois, de que assim seja, imploro a bênção e a protecção
do Seu Coração Imaculado; e humildemente prostrada a Seus pés,
sirvo-me das Suas santíssimas palavras para falar ao meu Deus:
– Eis aqui a última das Vossas escravas, ó meu Deus, que
numa plena submissão à Vossa vontade santíssima, vem rasgar o
véu do seu segredo e deixar ver a história de Fátima tal qual ela é.
Não terei mais o gosto de saborear só contigo os segredos do Teu
amor; mas, para o futuro, outros cantarão comigo as grandezas da Tua misericórdia!
( 1) Trata-se da frase da fundadora da Congregação de Santa Doroteia, Santa
Paula Frassinetti.
(2) A ortografia é, por vezes, imperfeita, mas isso não atinge a clareza nem o
nível de estilo dos seus escritos.