INTRODUÇÃO
Estás diante de Jesus no sacrário. Em silêncio medita os textos da Sagrada Escritura e as reflexões e tira algum tempo para ficares em silêncio. As breves pausas de meditação, antes e depois da leitura do texto, serão uma ajuda válida para entrar nas profundezas da alma e encontrar Deus, escondido no Sacramento, que visitará o teu coração e contigo permanecerá.
O teu coração foi criado para a paz e para uma vida profunda e plena, foi criado para a Palavra de Deus. Nestes tempos agitados, é preciso tratar o coração com cuidado e delicadeza, para que ele se torne o terreno fértil para a semente da Palavra de Deus.
Se acaso uma palavra, uma frase, uma expressão toca o teu coração, repete-a. A repetição não te cansa, através dela a Palavra de Deus está a descer a todos os cantos da tua alma e do teu coração.
Quando sentires a necessidade de falar com Jesus, de lhe contar tudo o que te oprime e é importante para ti, então deixa o teu coração falar. Não tenhas pressa. É o momento de encontrares o Amigo que te ouve de boa vontade, que não te julga, que não te rejeita. Aprende a dialogar com ele e a ouvi-Lo, só assim é que será possível um encontro pessoal.
Na adoração, o teu relacionamento com Jesus será cada vez mais profundo e íntimo, assim vais conhecê-Lo cada vez mais, vais amá-Lo e Ele te dará a força para construir novos relacionamentos, mais humanos e mais belos com os outros.
«Diz, em Meu nome, que todos aqueles que comungarem bem, com sincera humildade, fervor e amor, em seis primeiras quintas-feiras seguidas, e, junto do Meu Sacrário, passarem uma hora de adoração em íntima união Comigo, Eu lhes prometo o Céu.» (Jesus, a Alexandrina).
Em nome do Pai, do Filho e do Espírito Santo
ORAÇÃO A JESUS-EUCARISTIA
Jesus, eu Vos adoro em todo o lugar onde habitais sacramentado; faço-Vos companhia pelos que Vos desprezam, amo-Vos pelos que não Vos amam; desagravo-Vos pelos que Vos ofendem. Jesus, vinde ao meu coração! (Oração de Jesus dada à Alexandrina).
O PÃO DA VIDA ETERNA
Evangelho segundo São João 6,48-58
«Eu sou o pão da vida. Os vossos pais comeram o maná no deserto, mas morreram. Este é o pão que desce do Céu; se alguém comer dele, não morrerá. Eu sou o pão vivo, o que desceu do Céu: se alguém comer deste pão, viverá eternamente; e o pão que Eu hei-de dar é a minha carne, pela vida do mundo.»
Então, os Judeus, exaltados, puseram-se a discutir entre si, dizendo: «Como pode Ele dar-nos a sua carne a comer?!» Disse-lhes Jesus: «Em verdade, em verdade vos digo: se não comerdes mesmo a carne do Filho do Homem e não beberdes o seu sangue, não tereis a vida em vós. Quem realmente come a minha carne e bebe o meu sangue tem a vida eterna e Eu hei de ressuscitá-lo no último dia, porque a minha carne é uma verdadeira comida e o meu sangue, uma verdadeira bebida. Quem realmente come a minha carne e bebe o meu sangue fica a morar em mim e Eu nele. Assim como o Pai que me enviou vive e Eu vivo pelo Pai, também quem de verdade me come viverá por mim. Este é o pão que desceu do Céu; não é como aquele que os antepassados comeram, pois eles morreram; quem come mesmo deste pão viverá eternamente.»
NA EXPERIÊNCIA DA BEATA ALEXANDRINA
Jesus: «Não te alimentarás jamais na Terra. O teu alimento é o Meu Corpo; a tua bebida é o Meu Divino Sangue. A tua vida é a Minha Vida, de Mim a recebes, quando te bafejo e acalento, quando uno ao teu o Meu Coração. Não quero que uses medicina, a não ser aquela a que não se possa atribuir alimentação. Esta ordem é para o teu médico. É grande o milagre da tua vida...» (07-12-1946).
Com a Sexta-feira Santa de 1942, Alexandrina já não viverá a Paixão de Jesus em corpo e com movimentos exteriores, mas experimentará a agonia da alma e do espírito partilhando o martírio de Jesus iniciado no Getsémani. Ao mesmo tempo, começaria para ela um novo sofrimento, ligado à impossibilidade de ingerir qualquer alimento e bebida, sofrimento que perduraria por treze anos, até o dia da sua morte, em 13 de Outubro de 1955. A Eucaristia era o seu único alimento. A causa deste jejum permaneceria misteriosa e desconhecida durante um certo tempo até que o seu significado e origem fossem revelados pela própria Nossa Senhora e por Jesus. De facto, no dia do aniversário do inicio do jejum, a Nossa Senhora disse-lhe: «Minha filha, venho consolar-te neste dia de aniversário da liturgia da Santa Igreja, dia em que o Meu Divino Filho mudou em ti a sua Santa Paixão para continuar profunda e misticamente oculto. Assim acrescentou o teu jejum como prova a humanidade, para a chamar a Si, ao Seu Divino Coração, através de tal maravilha.»
Jesus confia-lhe: «Pus-te no mundo, faço que vivas só de Mim para mostrar ao mundo o valor da Eucaristia e o que é a minha vida nas almas. És luz e salvação para a humanidade: afortunados os que se deixam iluminar.»
Esta situação nova faria com que Alexandrina sentisse uma grande saudade de comida e água, uma ânsia de fome e sede inextinguíveis, ao mesmo tempo que se sente saciada. Ela vivia em si própria a fome e a sede das almas que não se alimentam de Deus, e que, assim, correm o risco de morrer, ou seja, de se perder para sempre, e que ela nutre e salva através do seu sofrimento, fonte de perdão e de vida. Ao mesmo tempo, ela conhece misticamente a fome e a sede que Jesus tem de almas, ou seja, o Seu desejo infinito de as salvar.
«Sem a Graça Divina, não resisto ao pensamento de nunca mais me puder alimentar, a saudade de comida: é um tormento muito intenso que fere invisivelmente. Com esta dor e saudades posso pensar e sentir mais vivamente, Jesus, a Tua sede, a ansiedade e a fome de almas, a dor que te causam por estarem perdidas...»
Medita em silêncio e repete a palavra que tenha tocado o teu coração
Para honrar as Santas Chagas e unires-te aos sofrimentos de Nossa Senhora das Dores
(ver no final da página)
QUE EU TE RECEBA COM A BOCA E O CORAÇÃO
(Sant´Anselmo d´Aosta)
Senhor Jesus Cristo, segundo os desígnios do Pai e a obra do Espírito Santo, pela Tua morte que espontaneamente aceitaste, por Tua misericórdia, redimiste o mundo do pecado e da morte eterna. Com o meu tíbio afeto e o meu amor tão pobre, adoro e venero como posso, de coração agradecido, por tão grande dom, este santo corpo e o Teu preciosíssimo sangue, que desejo receber para me purificar e me libertar dos meus pecados.
Senhor, confesso que sou demasiado indigno para me aproximar e tocar-Te.
Mas, eu confio naquela clemência com que os destes, oferecendo a Tua vida pela salvação dos pecadores e com a qual quiseste ser sacrificado como vítima obediente ao Pai.
Eu, pecador, atrevo-me a recebê-los, para que por suas graças me possa tornar digno.
Eis-me aqui, a suplicar-Te que tenhas misericórdia e compaixão pelos homens. Que o que nos destes para sanar os nossos pecados não seja motivo para mais um pecado meu, mas perdão e proteção segura.
Senhor, faz com que eu Te receba com a boca e com o coração e me faça compreender com fé e afeto, para, por Ti, ser renovado à semelhança da Tua morte e ressurreição, e, mortificado no homem velho e renovado na justiça seja digno de me tornar um com o Teu corpo, que é a Tua Igreja. Que eu seja um membro teu e Tu, a cabeça. Que eu permaneça em Ti e Tu em mim, que transformes o meu miserável corpo e o configures à imagem do Teu corpo glorioso, como nos promete o Apóstolo, e Contigo me regozije na Glória eterna.
Tu que com Deus-Pai e o Espírito Santo, vives e reinas, um só Deus, pelos séculos dos séculos. Amen.
Termina a hora de adoração com as palavras da Alexandrina
JESUS, VINDE AO MEU POBRE CORAÇÃO!
Ó meu Jesus, vinde ao meu pobre coração! Ah, Eu desejo-Vos, não tardeis! Vinde enriquecer-me das Vossas graças; aumentai-me o Vosso santo e divino amor. Uni-me a Vós! Escondei-me no Vosso Sagrado Lado! Não quero outro bem senão a Vós! Só a Vós amo, só a Vós quero, só por Vós suspiro! Dou-vos graças, eterno Pai, por me haverdes deixado a Jesus no Santíssimo Sacramento. Dou-Vos graças, meu Jesus, e por último peço-Vos a Vossa santa bênção! Seja louvado em cada momento o Santíssimo e Diviníssimo Sacramento da Eucaristia! Amen.