PRIMEIRO PRINCÍPIO - DEUS QUIS SERVIR-SE DE MARIA NA ENCARNAÇÃO Cap. 16 a 21

PRIMEIRO PRINCÍPIO - DEUS QUIS SERVIR-SE DE MARIA NA ENCARNAÇÃO Cap. 16 a 21
16. Deus Pai deu ao mundo o Seu Filho Unigénito por Maria. Porquanto tivessem suspirado os patriarcas, pedido os profetas e santos da Antiga Lei, no decorrer de 4000 anos, este tesouro somente Maria o mereceu, encontrando graça diante do Senhor, pela força das suas orações e pela grandeza das suas virtudes. Sendo o mundo indigno, diz Santo Agostinho, de receber o Filho das mãos do Pai, este deu-O a Maria, para que o mundo O recebesse por ela. O Filho de Deus fez-Se homem para nossa salvação, mas na Virgem e pela Virgem. 
17. Deus Espírito Santo formou Jesus Cristo em Maria, mas depois de ter pedido o seu consentimento por intermédio de um dos principais ministros da Sua corte. 
18. Deus Filho desceu ao seu seio virginal, como novo Adão ao seu paraíso terrestre, para nele fazer as Suas complacências e para nele operar escondido as maravilhas da graça. Deus feito homem encontrou a Sua liberdade em estar prisioneiro neste seio; fez brilhar a Sua força, deixando-Se transportar por esta menina; encontrou a Sua glória e a do Seu Pai ao ocultar todos os esplendores às criaturas deste mundo, para somente Se revelar a Maria; glorificou a Sua independência e majestade dependendo desta amável Virgem na Sua conceção, nascimento, apresentação no Templo, na Sua vida oculta de trinta anos, até na Sua morte, a que ela devia assistir para realizar com seu Filho um mesmo sacrifício, para ser imolado pelo Seu consentimento, oferecido ao Eterno Pai, como outrora Isaac pelo consentimento de Abraão. Foi Maria que O aleitou, alimentou, conservou, criou e sacrificou por todos nós. 
Ó admirável e incompreensível dependência de um Deus, que o Espírito Santo não quis deixar passar em silêncio no Evangelho, embora nos tenha escondido quase todas as coisas admiráveis que esta sabedoria encarnada realizou durante a Sua vida oculta, para nos mostrar o preço e a glória infinita dessas coisas. Jesus Cristo deu mais glória a Deus, Seu Pai, pela submissão que teve à Virgem, durante trinta anos, do que Lhe teria dado convertendo toda a Terra pela execução das maiores maravilhas. Oh! Quanto glorificamos a Deus, quanto nos submetemos, para Lhe agradar, a Maria, seguindo o exemplo de Jesus, nosso único modelo!
19. Se examinamos de perto o resto da vida de Jesus veremos que quis começar os Seus milagres por intermédio de Maria. Santificou São João no seio da sua mãe, Santa Isabel, pela palavra de Maria; logo que a Virgem falou, João foi santificado e foi este o Seu primeiro e maior milagre da graça. Mudou, nas núpcias de Caná, a água em vinho, pela humilde prece de Maria; e este foi o primeiro milagre de Jesus na ordem natural.  Começou e continuou os Seus milagres, por intermédio de Maria; e há de continuá-los, até ao fim dos séculos, por intermédio de Maria. 
20. Deus Espírito Santo, sendo estéril em Deus, quer dizer, não provindo d ´Ele outra pessoa divina, foi fecundo por Maria, que fez Sua Esposa. Foi com ela, nela e dela que realizou a Sua obra-prima, um Deus feito homem, e que produz todos os dias, até ao fim do mundo, os predestinados e os membros do corpo deste chefe adorável: é por isso que quanto mais Ele encontra Maria, Sua cara e indissolúvel Esposa, numa alma, mais operante e poderoso Se torna, para produzir Cristo nesta alma e esta alma em Cristo. 
21. Não queremos dizer que a Virgem Santíssima comunique a fecundidade ao Espírito Santo como se Ele não a tivesse, pois, sendo Deus, tem a fecundidade ou a capacidade de produzir, como a têm o Pai e o Filho, embora não a traduza em ato, pois não origina outra pessoa divina. No entanto, apenas queremos dizer que o Espírito Santo, por intermédio de Maria, de quem Se quis servir, embora não tivesse a necessidade, reduziu a ato a sua fecundidade, produzindo nela e por Ela Jesus Cristo e os Seus membros. Mistério de graça oculto até para os mais sábios e espirituais entre os cristãos.
16. Deus Pai deu ao mundo o Seu Filho Unigénito por Maria. Porquanto tivessem suspirado os patriarcas, pedido os profetas e santos da Antiga Lei, no decorrer de 4000 anos, este tesouro somente Maria o mereceu, encontrando graça diante do Senhor, pela força das suas orações e pela grandeza das suas virtudes. Sendo o mundo indigno, diz Santo Agostinho, de receber o Filho das mãos do Pai, este deu-O a Maria, para que o mundo O recebesse por ela. O Filho de Deus fez-Se homem para nossa salvação, mas na Virgem e pela Virgem. 
 
17. Deus Espírito Santo formou Jesus Cristo em Maria, mas depois de ter pedido o seu consentimento por intermédio de um dos principais ministros da Sua corte. 
 
18. Deus Filho desceu ao seu seio virginal, como novo Adão ao seu paraíso terrestre, para nele fazer as Suas complacências e para nele operar escondido as maravilhas da graça. Deus feito homem encontrou a Sua liberdade em estar prisioneiro neste seio; fez brilhar a Sua força, deixando-Se transportar por esta menina; encontrou a Sua glória e a do Seu Pai ao ocultar todos os esplendores às criaturas deste mundo, para somente Se revelar a Maria; glorificou a Sua independência e majestade dependendo desta amável Virgem na Sua conceção, nascimento, apresentação no Templo, na Sua vida oculta de trinta anos, até na Sua morte, a que ela devia assistir para realizar com seu Filho um mesmo sacrifício, para ser imolado pelo Seu consentimento, oferecido ao Eterno Pai, como outrora Isaac pelo consentimento de Abraão. Foi Maria que O aleitou, alimentou, conservou, criou e sacrificou por todos nós. 
Ó admirável e incompreensível dependência de um Deus, que o Espírito Santo não quis deixar passar em silêncio no Evangelho, embora nos tenha escondido quase todas as coisas admiráveis que esta sabedoria encarnada realizou durante a Sua vida oculta, para nos mostrar o preço e a glória infinita dessas coisas. Jesus Cristo deu mais glória a Deus, Seu Pai, pela submissão que teve à Virgem, durante trinta anos, do que Lhe teria dado convertendo toda a Terra pela execução das maiores maravilhas. Oh! Quanto glorificamos a Deus, quanto nos submetemos, para Lhe agradar, a Maria, seguindo o exemplo de Jesus, nosso único modelo!
 
19. Se examinamos de perto o resto da vida de Jesus veremos que quis começar os Seus milagres por intermédio de Maria. Santificou São João no seio da sua mãe, Santa Isabel, pela palavra de Maria; logo que a Virgem falou, João foi santificado e foi este o Seu primeiro e maior milagre da graça. Mudou, nas núpcias de Caná, a água em vinho, pela humilde prece de Maria; e este foi o primeiro milagre de Jesus na ordem natural.  Começou e continuou os Seus milagres, por intermédio de Maria; e há de continuá-los, até ao fim dos séculos, por intermédio de Maria. 
 
20. Deus Espírito Santo, sendo estéril em Deus, quer dizer, não provindo d ´Ele outra pessoa divina, foi fecundo por Maria, que fez Sua Esposa. Foi com ela, nela e dela que realizou a Sua obra-prima, um Deus feito homem, e que produz todos os dias, até ao fim do mundo, os predestinados e os membros do corpo deste chefe adorável: é por isso que quanto mais Ele encontra Maria, Sua cara e indissolúvel Esposa, numa alma, mais operante e poderoso Se torna, para produzir Cristo nesta alma e esta alma em Cristo. 
 
21. Não queremos dizer que a Virgem Santíssima comunique a fecundidade ao Espírito Santo como se Ele não a tivesse, pois, sendo Deus, tem a fecundidade ou a capacidade de produzir, como a têm o Pai e o Filho, embora não a traduza em ato, pois não origina outra pessoa divina. No entanto, apenas queremos dizer que o Espírito Santo, por intermédio de Maria, de quem Se quis servir, embora não tivesse a necessidade, reduziu a ato a sua fecundidade, produzindo nela e por Ela Jesus Cristo e os Seus membros. Mistério de graça oculto até para os mais sábios e espirituais entre os cristãos.