“RENUNCIE A SI MESMO”

“RENUNCIE A SI MESMO”
17. Se alguém quiser seguir-me, portanto, na via do aniquilamento e crucifixão, que
se glorie, como eu, na pobreza, nas humilhações e padecimentos que a minha Cruz contém: renuncie a si mesmo. Como estão longe da companhia dos Amigos da Cruz os que sofrem numa atitude de orgulho, os sábios segundo o mundo, os intelectuais arrogantes e tipos presunçosos que se vangloriam, obstinadamente, das suas iluminações e talentos! Como estão longe dessa companhia os grandes charlatões e palradores que tanto barulho fazem para colherem como fruto,
apenas, vaidade! Como estão longe os devotos vaidosos que arrastam consigo, por toda
a parte, o “quanto a mim” do orgulhoso Lúcifer: “Eu não sou como os outros...””*; não sabem
aceitar uma reprovação sem se desculparem, nem sofrerem um ataque sem se defenderem, ou que alguém os rebaixe sem eles se elevarem! Prestai atenção e não queirais acolher na vossa companhia pessoas assim muito delicadas e sensíveis, que têm medo da mais leve picada, que barafustam e fazem queixumes diante da dor mais insignificante, que nunca experimentaram o cilício, a disciplina ou outros instrumentos de penitência e que põem nas suas devoções, feitas à moda, um grande e refinado amorpróprio e falta de mortificação.
17. Se alguém quiser seguir-me, portanto, na via do aniquilamento e crucifixão, que
se glorie, como eu, na pobreza, nas humilhações e padecimentos que a minha Cruz contém: renuncie a si mesmo. Como estão longe da companhia dos Amigos da Cruz os que sofrem numa atitude de orgulho, os sábios segundo o mundo, os intelectuais arrogantes e tipos presunçosos que se vangloriam, obstinadamente, das suas iluminações e talentos! Como estão longe dessa companhia os grandes charlatões e palradores que tanto barulho fazem para colherem como fruto,
apenas, vaidade! Como estão longe os devotos vaidosos que arrastam consigo, por toda
a parte, o “quanto a mim” do orgulhoso Lúcifer: “Eu não sou como os outros...””*; não sabem
aceitar uma reprovação sem se desculparem, nem sofrerem um ataque sem se defenderem, ou que alguém os rebaixe sem eles se elevarem! Prestai atenção e não queirais acolher na vossa companhia pessoas assim muito delicadas e sensíveis, que têm medo da mais leve picada, que barafustam e fazem queixumes diante da dor mais insignificante, que nunca experimentaram o cilício, a disciplina ou outros instrumentos de penitência e que põem nas suas devoções, feitas à moda, um grande e refinado amorpróprio e falta de mortificação.